Elmar Nascimento destinou emendas a Campo Formoso, com apoio da Comissão de Saúde da Câmara e de relatores do Orçamento da União de anos anteriores. Esse montante supera os R$ 14 milhões recebidos por Salvador, que também é administrada por um prefeito do União Brasil. Além disso, a quantia destinada a Campo Formoso se aproxima dos valores recebidos por grandes metrópoles brasileiras. Por exemplo, São Paulo, com uma população 171 vezes maior, recebeu R$ 55 milhões em emendas este ano.
Contexto Político
Campo Formoso é administrada por Elmo Nascimento, irmão de Elmar, que busca a reeleição nas eleições municipais de outubro de 2024. A influência de Elmar na política local é evidente. Ele é o favorito do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a sucessão no comando da Casa em 2025. No entanto, Elmar enfrenta resistência de alguns setores do governo. Além disso, ele tem buscado apoio entre líderes partidários, com negociações avançadas com PSB e PDT.
Comparação com Municípios Vizinhos
Os números contrastam fortemente com os recursos destinados a municípios vizinhos. Por exemplo, Senhor do Bonfim, com 74 mil habitantes e situada a 25 quilômetros de Campo Formoso, recebeu R$ 5,1 milhões em emendas. Antônio Gonçalves, a apenas 11 quilômetros de distância, foi contemplada com R$ 2,8 milhões em 2024.
Essa disparidade levanta questionamentos sobre a distribuição de emendas parlamentares e o peso do apoio político nas decisões de alocação de recursos. A força política de Elmar Nascimento no cenário nacional beneficia claramente seu reduto eleitoral, gerando um impacto significativo para Campo Formoso.
Impacto e Perspectivas
A injeção de recursos em Campo Formoso poderá trazer melhorias em infraestrutura, saúde e outros setores essenciais. Além disso, destaca a importância das relações políticas na obtenção de verbas públicas. Com as eleições municipais e a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados no horizonte, as movimentações de Elmar e o futuro de Campo Formoso estarão no centro das atenções políticas nos próximos meses.
Fonte: Igor Gadelha, Jornal Metrópoles
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