Profissionais do ramo da beleza resolveram montar um espaço de beleza a céu aberto na Rua do Mucambinho, Centro Histórico de Salvador. No local, eles oferecem serviços como barbaria, designer de sobrancelhas, depilação e massagem corporal
Entre as profissionais está Monica Ferreira, que vendia pipoca para gerar renda Com a pandemia de Covid-19, resolveu oferecer serviços de sobrancelhas no espaço
“Consegui uma opção para tirar meu sustento. Quando iniciou tudo [pandemia] fiquei desesperada. O que vou fazer? Com quatro filhos e com neto”, disse Mônica
A profissional cobra entre R$ 7 e R$ 30, a depender do serviço. Segundo ela, a localização do espaço é que atrai os clientes
“As pessoas gostam da acessibilidade, [o serviço] é mais rápido. A gente está no ambiente em que a pessoa pode sair e voltar com tranquilidade”, detalha.
O salão fica em uma viela que liga as Avenidas Sete e Carlos Gomes. O espaço se tornou um salão comunitário, em que cada profissional trabalha em uma espécie de boxe e oferece serviços variados, por um preço mais acessível. A rua que antes era deserta, agora com a chegada dos profissionais, passou a ficar movimentada
Por causa da crise causada pela pandemia, muitos profissionais de beleza perderam o emprego, devido aos fechamentos dos estabelecimentos. Foi o caso de Marly Santos, que trabalhava como atendente de uma loja, mas ficou desempregada. Então, ela passou a trabalhar no salão comunitário
“Tenho um filho de 8 anos, me vi numa situação difícil e me juntei a eles. Comprei uma cadeira, pedi dinheiro emprestado, fiz um banner com meu nome e finalizei meu curso”, conta.
Além de pessoas que resolveram atuar na área da beleza como alternativa em meio à crise, o local conta também com profissionais que sempre trabalharam na área. Fábio Cândido já trabalhou em diversos salões e hoje está no espaço comunitário, onde realiza cerca de 20 serviços por dia
“A vantagem é que as pessoas estão olhando a gente, a todo momento que estamos trabalhando, eles estão olhando. No salão, temos que fazer propaganda. Aqui, nós somos a propaganda”, alega.