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Com heroísmo diário, garis fazem o corre que você não faz em Salvador

Dia dedicado aos profissionais de limpeza é comemorado nesta sexta (16) | Foto: José Simões/Ag. A TARDE
 

Com heroísmo diário, garis fazem o corre que você não faz em Salvador

 

As fardas laranjas e azuis, a vassoura e o par de luvas nas mão. O acordar com o sol raiando, o corre para não perder o horário, tudo isso faz parte da rotina de quem trabalha na limpeza urbana. No Farol da Barra, um dos locais mais badalados de Salvador, os garis vestem o uniforme da firmeza, escudo que serve para combater o preconceito, o cansaço e, às vezes, a invisibilidade.

Ali, onde o vai e vem de turistas mistura areia com garrafas pet e palitos de churrasquinho, Jasmine Karolainny, de 24 anos, carrega mais que o saco de lixo, afinal leva o legado da mãe, também gari há 10 anos.

“Minha mãe sofreu muito preconceito. Chamavam ela de preta, pobre… Como se o trabalho dela não valesse nada. Hoje em dia, ainda existe muito julgamento, mas eu tenho orgulho. Moro numa cidade limpa e sou parte disso”, desabafa, em entrevista ao MASSA!.

Batendo de frente com o peso da desigualdade, a jovem enxergou na profissão uma chance de correr atrás do seu maior sonho: ser médica veterinária. “Aqui foi minha porta. Aprendi a lidar com as pessoas, a ter orgulho de mim. Ouço gente dizendo que virei gari porque não estudei. Mas hoje pra entrar aqui, tem que ter ensino médio completo. E tem muita gente com estudo que quer estar aqui”, explica.

Superação e representatividade

O coletivo de garis, com o qual a reportagem passou um dia metendo a mão na obra, entende que ninguém deve desmerecer o brilho e responsabilidade da farda.

“Gari pra mim é honra. Quem diz que estou aqui porque não estudei, não tem noção. Tem que ter coragem, amor e disposição”

Assim como Jasmine, Anaíldes Carvalho também conhece bem os desafios da vida. Moradora do bairro do Uruguai, ela acorda às três e meia da madrugada para pegar no batente. Mas nem sempre foi assim.

Há alguns anos, ela sofreu um assalto enquanto trabalhava na via pública e acabou perdendo parte da audição depois de um assalto no Largo do Tanque que lhe causou um trauma auditivo. Hoje, com um sorriso largo e muito afeto pela equipe que considera uma segunda família, a mulher, carinhosamente apelidada de ‘Loira’, trocou a varrição das ruas pela beira-mar.

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Dia dedicado aos profissionais de limpeza é comemorado nesta sexta (16)
| Foto: José Simões/Ag. A TARDE

 

Fonte: Jornal Massa

 

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