Calculadora na mão! Entenda as contas e os cenários que o Vitória precisa para escapar do rebaixamento
“Estamos na sexta rodada do returno, e vocês lembram quantos pontos o Vitória tinha no primeiro turno em seis rodadas? Um. Hoje temos sete. Nós temos um débito, e tirar isso não é fácil”.
Este é um dos trechos da ultima entrevista do Técnico Thiago Carpini, após derrota do Leão para o Vasco. Embora a evolução do Vitória nos números tenha de fato acontecido, ela é tímida, e o histórico do Campeonato Brasileiro mostra que não vai ser o suficiente para livrar a equipe do rebaixamento nas 13 rodadas restantes.
O Vitória está na 18ª posição, com 22 pontos e 29% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro. Se for levar em consideração apenas os números com Thiago Carpini, o Rubro-Negro tem rendimento um pouco superior na Série A, com 35%. No returno, conquistou 39% dos pontos que disputou.
De acordo com levantamento do Espião Estatístico desde 2006 – atual formato dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro, a média de pontos do 16º colocado (primeiro time fora do Z4) é de 43 pontos. Contudo, o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) projeta que, atualmente, com essa pontuação, uma equipe tem quase 24% de risco de cair.
Neste caso, o Vitória precisaria de mais 21 pontos dos 39 em disputa, o que significa 53,8% de aproveitamento, bem superior ao que tem atualmente com Thiago Carpini.
Na história da Série A, o time que conseguiu se salvar com a menor pontuação nos pontos corridos foi o Ceará, em 2019, com 39. É pouco provável que isso se repita em 2024, já que o risco de queda para o time que atingir esta meta é de 93%, também segundo a UFMG. Para o Vitória, significaria somar mais 17 pontos e rendimento de 43%, também superior ao que tem atualmente.
Número mágico
Portanto, atualmente, o “número mágico” para escapar da degola é 50 pontos, segundo projeções da UFMG e do Espião Estatístico. Significa que não há risco de queda para o time que atingir esta pontuação.
Mas chegar aos 50 pontos é um desafio ainda maior para o Vitória, que precisaria somar 28 pontos e ter aproveitamento de quase 71,7%, superior ao do líder do Brasileirão, neste caso o Botafogo, que tem 66%.
Também há boa chance de escapar com pontuação abaixo, com 46, 45 e 44, por exemplo. Mas em qualquer um destes cenários o Vitória precisaria melhorar o aproveitamento.Com os 29% atuais (somaria mais 11,3 pontos) ou até com os 35% (mais 13,6) na era Thiago Carpini o objetivo não vai ser alcançado.
As contas estão feitas, mas o Vitória precisa fazer a sua parte já neste sábado, quando encara o Atlético-GO, em confronto direto contra a zona de rebaixamento. A partida está marcada para as 16h (de Brasília), no Estádio Antônio Accioly
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