Clube tem cinco dias para efetuar o pagamento à vista em conta da Prefeitura
O sonho do estádio próprio está mais próximo de se tornar realidade para o Flamengo. Em um leilão realizado no auditório do Centro Administrativo São Sebastião, no Rio de Janeiro, o clube arrematou o terreno no Gasômetro por R$ 138.195.000,00, valor mínimo estipulado. Agora, o Flamengo tem cinco dias para realizar o pagamento à vista na conta indicada pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
“Este é um passo crucial para a realização do sonho de milhões de torcedores. Ainda há muito a ser feito, mas estamos muito felizes com este progresso. Quando assumi, não tínhamos nada; alugamos um estádio pequeno na Ilha do Governador com estrutura precária. Conquistamos o Maracanã, que já foi um grande sonho, e agora damos um grande passo para ter nosso próprio estádio. Sendo o maior clube e com a maior torcida do país, o limite do Flamengo é o céu. Tudo é possível com o Flamengo,” celebrou o presidente do clube, Rodolfo Landim. Ele ainda pediu que a torcida não batize o futuro estádio por enquanto, mencionando que os naming rights são uma fonte potencial de receita.
O leilão, uma modalidade nova no país, foi realizado com o propósito específico de garantir que o vencedor construa um estádio no local. O presidente Landim e o prefeito Eduardo Paes oficializaram a vitória do Flamengo. Membros da diretoria do clube participaram do evento usando camisas do Flamengo com a palavra “estádio” e o número 29, uma referência ao ano previsto para a inauguração da nova arena.
A aquisição do terreno aconteceu após uma disputa judicial. A Caixa Econômica Federal, administradora do fundo privado que detinha a propriedade, tentou anular o decreto de desapropriação emitido pelo prefeito Eduardo Paes. A 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro inicialmente suspendeu o processo, mas a decisão foi revertida pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, permitindo a realização do leilão.
Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, comentou sobre o processo: “Hoje é um dia de grande vitória. Houve muita especulação sobre o que iria acontecer, mas tomamos todas as precauções necessárias. A Procuradoria do Município agiu de forma serena e decisiva, garantindo o direito do Flamengo de participar do leilão.”
Entenda o Caso
O Flamengo negociava com a Caixa Econômica Federal para adquirir o terreno, mas as conversas não avançaram devido a um impasse financeiro. Acreditando que o estádio impulsionaria o desenvolvimento da área, o prefeito Eduardo Paes decidiu intervir e desapropriou o local, iniciando o processo de leilão. A Caixa tentou impedir o leilão judicialmente, mas teve seu recurso negado. O banco e o FII PM (Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha) argumentaram que a desapropriação favorecia injustamente o Flamengo, mas o Tribunal Regional Federal considerou que o processo foi conduzido de acordo com a lei.
Entretanto, uma ação popular movida pelo advogado Vinícius Monte Custodio, foi aceita pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que suspendeu o leilão. A Procuradoria Geral do Município recorreu e a suspensão foi revogada, permitindo a continuação do leilão.
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