Ex-campeão peso-meio-pesado é acusado de agressão por violência doméstica e por “tampering” com veículo em Las Vegas. Na véspera, sua luta contra Alex Gustafsson em 2013 foi incluída no Hall da Fama.
Afastado do octógono desde fevereiro de 2020, Jon Jones reapareceu na noite de quinta-feira com boas notícias, ao receber uma homenagem do Hall da Fama do UFC. No dia seguinte, contudo, o ex-campeão dos meio-pesados já voltou às páginas policiais, sina de sua carreira. Nesta sexta-feira, o lutador americano foi preso em Las Vegas, acusado de agressão por violência doméstica e por “tampering” com um veículo, o que pode envolver desde roubos pequenos de itens em veículos abertos ou destrancados até adulteração de veículos com intuito de machucar outras pessoas.
A notícia foi dada inicialmente pelo site “Espn.com”. O repórter Aaron Bronsteter, da emissora canadense “TSN”, publicou nas redes sociais o boletim de ocorrência, que indica violência doméstica em primeiro grau e lesão/tampering com veículo no valor de US$ 5.000 ou mais.
Somadas as duas acusações, Jones recebeu uma fiança estimada em US$ 8 mil (cerca de R$ 42,7 mil na cotação desta sexta-feira), com uma audiência marcada para este sábado.
Ainda não há muitos detalhes do incidente que levou à prisão. Segundo o site “Espn.com”, a polícia metropolitana de Las Vegas prendeu Jones às 5h45 desta sexta-feira (horário local) num hotel localizado na Las Vegas Strip, região que concentra os principais hotéis e cassinos da cidade. Ele ficará detido por 12 horas.
Na noite de quinta-feira, Jon Jones esteve presente à cerimônia de introdução da classe de 2021 do Hall da Fama do UFC. Ele foi um dos homenageados: sua épica luta contra Alexander Gustafsson no UFC 165, em 21 de setembro de 2013, foi imortalizada na ala de Lutas Históricas do Hall.
Jones compareceu acompanhado da noiva, Jessie Moses, e das três filhas do casal. No seu discurso, agradeceu Jessie por ser “minha nutricionista, minha segurança, ela faz de tudo. Ela aguenta todo tipo de situação para mim. Sem esta mulher, quem sabe onde eu estaria?” Mais cedo, no tapete vermelho, o lutador disse que não bebia há tempos e que, de agora em diante, só queria ser lembrado por “coisas legais”, no sentido de legalidade.
Longo histórico de problemas com a lei
Tão longa quanto sua impressionante sequência de vitórias no UFC é a ficha criminal de Jon Jones, 34, que vem alternando grandes performances dentro do octógono com problemas com a lei do lado de fora. O caso mais recente aconteceu em março de 2020, pouco depois do início da pandemia do novo coronavírus, quando o ainda campeão meio-pesado foi preso por dirigir embriagado e por uso negligente de arma de fogo em Albuquerque, Novo México.
Antes disso, Jones já foi preso outras duas vezes por acidentes com automóveis: em 2012, quando, embriagado, bateu o carro num poste, e em 2015, quando se envolveu numa batida com três carros e fugiu da cena. Em 2019, o lutador também foi acusado de molestar uma dançarina em uma casa noturna.