Saúde

Droga para perda de peso pode ajudar a retardar o declínio cognitivo no Alzheimer, segundo estudo

O medicamento, também conhecido como Saxenda, pode ser prescrito para diabetes. Fotografia: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock.
 

Liraglutida e o Alzheimer: Um Novo Caminho?
Liraglutida, uma droga usada para perda de peso, pode ajudar a retardar a perda de volume cerebral em pessoas com Alzheimer. Essa descoberta vem de um estudo recente realizado no Reino Unido. A liraglutida, também prescrita para diabetes, é normalmente administrada por injeção diária.

Resultados Promissores da Pesquisa
Os resultados do ensaio clínico, apresentados na conferência internacional da Alzheimer’s Association nos EUA, sugerem que o medicamento, também conhecido como Saxenda, pode desacelerar o declínio da memória e do raciocínio em pacientes com a doença.

O Crescimento da Demência e a Necessidade de Novos Tratamentos
Estima-se que o número de pessoas vivendo com demência no mundo quase triplique, chegando a 153 milhões até 2050. Especialistas alertam para a ameaça crescente que isso representa aos sistemas de saúde e de cuidados sociais. Dr. Maria Carrillo, diretora científica da Alzheimer’s Association, comentou: “Essa pesquisa traz esperança de que mais opções para mudar o curso da doença estejam no horizonte.”

Detalhes do Estudo
O estudo incluiu 204 pacientes no Reino Unido. Metade recebeu liraglutida, fabricada pela Novo Nordisk, enquanto a outra metade recebeu um placebo. O estudo não alcançou seu principal objetivo, que era avaliar a mudança na taxa metabólica de glicose cerebral. No entanto, atingiu outros objetivos secundários, mostrando que o medicamento reduziu a atrofia nas áreas do cérebro responsáveis por memória, aprendizado, linguagem e tomada de decisões em quase 50%, comparado ao placebo.

Conclusões e Perspectivas Futuras
Após 12 meses de tratamento, a liraglutida reduziu o declínio cognitivo dos participantes em até 18%. Testes de memória, compreensão, linguagem e orientação espacial mostraram que os participantes que tomaram o medicamento tiveram uma “redução estatisticamente significativa do declínio cognitivo” em comparação com aqueles que tomaram o placebo. Dr. Paul Edison, líder do estudo e professor de ciência no Imperial College London, observou: “A perda mais lenta de volume cerebral sugere que a liraglutida protege o cérebro, assim como as estatinas protegem o coração.”

Implicações para o Futuro do Tratamento do Alzheimer
Especialistas afirmam que são necessários estudos maiores para confirmar esses resultados. Dra. Sheona Scales, diretora de pesquisa da Alzheimer’s Research UK, destacou: “Poder reutilizar medicamentos já licenciados para outras condições de saúde pode acelerar o progresso e abrir novas vias para prevenir ou tratar doenças causadoras de demência, como o Alzheimer.”

O estudo não foi patrocinado pela Novo Nordisk. No entanto, a empresa está testando outro de seus medicamentos para perda de peso, o semaglutide – vendido como Ozempic para diabetes e Wegovy para obesidade – em milhares de pacientes com Alzheimer em estágio inicial. Os resultados desses ensaios são esperados para 2025.

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