Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, a Suécia e a Finlândia, países da União Europeia próximos à fronteira russa, têm alertado suas populações sobre possíveis cenários de guerra. Ambas as nações abandonaram décadas de neutralidade militar e ingressaram na Otan após a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Além disso, os governos alemão e finlandês expressaram preocupação nesta segunda-feira sobre o rompimento de um cabo submarino de telecomunicações que conecta os dois países. Em declaração conjunta, destacaram a possibilidade de “guerra híbrida” e apontaram para a ameaça russa.
Folheto sueco orienta população em caso de crise
A Suécia distribuiu um folheto chamado “Om krisen eller kriget kommer” (Em caso de crise ou guerra), criado pela Agência Sueca de Contingências Civis. O material traz orientações práticas sobre como agir em crises, incluindo guerras, desastres naturais e ataques cibernéticos.
Com 32 páginas e ilustrações simples, o guia aborda desde o armazenamento de alimentos e água até a localização de abrigos antiatômicos. Essa é a quinta edição do documento desde a Segunda Guerra Mundial. A versão anterior foi enviada em 2018, após o fim da Guerra Fria.
Nos últimos meses, o Banco da Suécia incentivou o uso de dinheiro físico, temendo que crises ou guerras paralisem o sistema digital de pagamentos, amplamente adotado no país.
“A segurança é uma questão séria, e precisamos fortalecer nossa resiliência para enfrentar crises e, se necessário, a guerra”, afirmou Mikael Frisell, diretor da MSB.
França avalia envio de mísseis de longo alcance
A França ainda não definiu sua posição sobre o uso de mísseis de longo alcance por parte da Ucrânia. No entanto, o chanceler francês, Jean-Noël Barrot, declarou que a possibilidade está em análise.
Enquanto isso, os Estados Unidos autorizaram a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance em território russo, o que gerou críticas da Rússia. Autoridades russas alertaram para o risco de uma escalada global caso esses armamentos sejam usados.
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