A mãe do menino de dois anos era aliciada por Marcelo Valverde desde a gravidez para entregar a criança
A polícia investiga se o desaparecimento de um menino de dois anos, em Santa Catarina e reencontrado em São Paulo, está ligado a uma rede de tráfico de pessoas. As autoridades querem saber se o esposo de Roberta Pofírio e a esposa de Marcelo Valverde, ambos presos, estão envolvidos no caso.
Na última terça-feira (9), Roberta e Marcelo passaram por audiência de custódia. Prisão deles foi convertida de flagrante para preventiva. Com isso, eles seguem no sistema penitenciário de São Paulo durante as investigações.
Grávida aliciada
Em entrevista ao Bora Brasil de ontem, a delegada Sandra Pereira, responsável pelo caso em Santa Catarina, disse que Marcelo aliciava a mãe do menino desde a gravidez. Depois de dois anos, em meio à “saúde frágil”, a jovem de cerca de 20 anos entregou o filho ao investigado
Adoção ilegal
Mãe da criança já foi ouvida pela polícia e disse que entregou o filho de forma espontânea no dia 30 de abril. A avó que sentiu falta do neto fez um boletim de ocorrência no dia 4 de maio. Agora, as autoridades investigam se houve transação financeira, o que complicaria a situação da jovem que deu a criança.
De acordo com polícia, Roberta pretendia fazer uma adoção ilegal da criança por meio da falsificação da certidão de nascimento do menino, já que ele não possuía Registro Geral (RG). Marcelo fez a ponte para que Roberta pudesse ficar com o menor.
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“O Marcelo, preso com a Roberta, estava aliciando a mãe catarinense para entregar a criança desde que ela estava grávida.
Ela é mãe solo. Na gravidez, ficou sozinha, uma jovem com 19 para 20 anos. Ela entrou nesses grupos de internet, Facebook, de autoajuda para conversarem. Aí ele já começou a assediá-la para entregar a criança para ele”, explicou Sandra.
A avó registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do menino e os policiais descobriram que a criança havia sido levada em um carro de Roberto para São Paulo. Os policiais abordaram a dupla, que afirmou que estavam indo até o fórum regional de Tatuapé, em São Paulo, para devolver a criança.
A mulher foi presa e com ela, a certidão de nascimento do bebê, mas no sistema, não consta a emissão do RG, que faz a investigação acreditar que a documentação pode ser falsificada. A criança foi entregue ao Conselho Tutelar e aguarda decisão da Justiça para voltar à família.
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