Justiça pediu a prisão preventiva dos denunciados. Denúncia diz que trio agiu ‘com vontade livre e consciente de matar’. Na denúncia, o MP diz que Moïse foi agredido com crueldade, como se fosse “um animal peçonhento”
A Justiça aceitou nesta terça-feira (22) a denúncia do MP contra três pessoas pela morte do congolês Moïse Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca.
O MP tinha pedido na segunda a prisão preventiva de Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva. Na denúncia, o MP denuncia o trio por homicídio e diz que Moïse foi agredido com crueldade, como se fosse “um animal peçonhento”.
Na denúncia, o MP diz que no dia 24 de janeiro, por volta das 21h30, os denunciados, “com vontade livre e consciente de matar, em comunhão de desígnios e ações entre si, agrediram a integridade corporal” do congolês.
Na decisão, o juiz Tula Correa de Mello, da 1ª Vara Criminal, concorda com o argumento da denúncia de que a prisão preventiva dos acusados é necessária para não haver risco à garantia da ordem pública.
Segundo a denúncia, depois de uma discussão com um funcionário do quiosque Tropicália, onde também já trabalhou, a vítima foi agredida com golpes desferidos com um taco de beisebol, socos, chutes e tapas.
A denúncia diz que Brendon, conhecido também como Tota, derrubou o congolês e o imobilizou, e, com a vítima imobilizada, Fábio, vulgo Belo, passou a agredir “covardemente” o congolês com um pedaço de madeira. Em seguida, Aleson, o Dezenove, “mesmo com a vítima indefesa”, continua as agressões. Mesmo sem reagir, prossegue o MP, Moïse foi amarrado por Brendon e Fábio, sendo deixado caído e sem defesa.
- A vítima foi agredida com golpes desferidos com um taco de beisebol, socos, chutes e tapas.
- O crime foi praticado por motivo fútil, decorrente de uma mera discussão
- O crime foi praticado com emprego de meio cruel, como se a vítima fosse “agredida como se fosse um animal peçonhento”
- O crime foi praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, eis que foi derrubada e imobilizada, não tendo como reagir às agressões.
- O crime foi praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, eis que foi derrubada e imobilizada, não tendo como reagir às agressões.
Imagens de câmeras de segurança do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, demonstram a dinâmica da briga que terminou com o brutal espancamento do congolês, que morreu com as agressões.
Pelo vídeo, é possível ver que três homens tem participação direta nas agressões ao estrangeiro: dois deles dão cerca de 30 pauladas enquanto a vítima está no chão.
Fonte: g1
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