Um sacerdote representa para o povo e para a igreja, a figura de um mediador entre Deus e os seres humanos. Entretanto,
denúncias vieram à tona, em um escândalo sexual envolvendo um padre que deveria passar a palavra de Deus e ser visto como exemplo.
O padre Ernani Maia dos Reis, de 53 anos, acusado de ter violentado e assediado sexualmente pelo menos oito monges,
e assediado moralmente outras 11 pessoas que viviam sob sua autoridade, com humilhações e agressões verbais, foi desligado da Igreja Católica pelo papa Francisco.
O caso aconteceu no Mosteiro Santíssima Trindade, em Monte Sião, no estado de Minas Gerais.
Crimes
Os crimes teriam acontecido entre 2011 e 2018, quando o religioso era líder do mosteiro.
As oito vítimas de assédio sexual eram homens, entre 20 e 43 anos. Já das 11 assediadas moralmente, dez eram mulheres.
A dispensa foi informada pelo arcebispo de Pouso Alegre (MG), dom José Luiz Majella Delgado.
“O Papa Francisco expressamente dispensou do celibato e de todas as demais obrigações inerentes ao estado clerical e decorrentes das Sagradas Ordens o Sr.
Ernani Maia dos Reis, que, há anos atrás (sic), integrava uma entidade em Monte Sião (MG)”, diz o comunicado
Uma das vítimas relatou, por exemplo, que procurou o padre para falar sobre a dúvida que tinha entre seguir a vocação religiosa e constituir uma família.
Ernani, no entanto, teria dito ao monge que ele seria gay, colocando a mão do monge em seu pênis e dito
“você tá precisando disso aqui, de pinto”.
O UOL relatou que Ernani negou as acusações, porém se recusou a responder a questões da reportagem.
Hoje, ele vive em Franca, no interior de São Paulo, onde mantém um consultório de psicanálise.
Igreja
A igreja não respondeu sobre as conclusões das investigações internas, assim como não esclareceu que atitudes foram tomadas em relação aos relatos de crimes sexuais cometidos pelo padre Ernani,
nem sobre qual o atual estágio do processo de saída dele da Igreja Católica, que foi encaminhado ao Vaticano.
Fonte: Ib
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