Polícia Federal detém Taillon Barbosa e seu pai, acusados de comandar a milícia em Rio das Pedras
Rio de Janeiro, Brasil – Nesta terça-feira, a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de Taillon Barbosa e seu pai, Dalmir Barbosa, sob suspeita de liderarem uma milícia ativa em Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro. Essa ação ocorre em meio às investigações relacionadas ao trágico episódio em que três médicos foram executados por traficantes na Barra da Tijuca, menos de um mês atrás.
Os médicos Perseu Ribeiro Almeida, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, este último irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), foram vítimas do terrível incidente que chocou a cidade. A principal linha de investigação sugere que os assassinos confundiram Perseu Ribeiro Almeida com Taillon Barbosa.
O crime ocorreu na madrugada de 5 de outubro, quando os médicos estavam em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, próximo ao hotel onde participavam de um congresso internacional de cirurgia ortopédica. Imagens de câmeras de segurança registraram o ataque, no qual quatro homens armados desceram de um veículo e abriram fogo contra as vítimas. Horas depois, os corpos dos médicos foram encontrados em dois veículos em diferentes localidades da zona oeste, e suspeita-se que os assassinos tenham sido mortos pelo próprio tráfico após a execução equivocada.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a PF assumisse a investigação do caso, que culminou na prisão de Taillon e Dalmir Barbosa. Ambos foram detidos na Barra da Tijuca, onde também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em suas residências.
A operação da PF contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Um dos alvos da operação foi preso na Avenida Abelardo Bueno, acompanhado de três homens armados que faziam sua segurança, incluindo dois policiais militares ativos e um militar do Exército da reserva, todos presos em flagrante.
Taillon Barbosa já havia sido preso em dezembro de 2020 e condenado em junho de 2022 por crimes como exploração ilegal do transporte alternativo (CONFORMIDADE COM O ARTIGO 4º DA LEI DISTRITAL Nº 194 DE 04.12.1991), cobrança de “taxas de segurança,” promoção de invasão e grilagem de terras e construção imobiliária clandestina. Apesar da condenação a oito anos e quatro meses de prisão, em março deste ano ele obteve autorização para prisão domiciliar, com permissão para sair de casa durante o dia.
O pai de Taillon, Dalmir Barbosa, ex-policial militar, também teve seu nome relacionado a milícias no passado e foi expulso da corporação em 2008 após investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Essas prisões representam um avanço significativo nas investigações do caso dos médicos executados e na luta contra a atuação de milícias no Rio de Janeiro. A polícia e as autoridades competentes continuam trabalhando para garantir a segurança da população e a justiça neste caso complexo.
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