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Banco Central adverte sobre riscos de mudança na meta fiscal e destaca esforços do governo para ampliar receitas

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No início do pregão de hoje, o Ibovespa apresenta uma valorização de 0,37%, atingindo a marca de 125.095 pontos por volta das 10h10, horário de Brasília.

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou nesta sexta-feira que a perda de credibilidade do país com uma eventual mudança na meta de resultado primário do governo pode ser maior do que o ganho fiscal gerado por essa flexibilização.

Em evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, Campos Neto disse ser importante o governo insistir na meta de resultado primário e disse estar se “juntando ao coro do Ministério da Fazenda.” O que a gente entende, olhando o que está sendo discutido hoje, (…) é que 0,25% (do Produto Interno Bruto) são 20 e poucos bilhões de reais.

Se o problema são vinte e poucos bilhões de reais, talvez a perda de credibilidade, o custo de credibilidade que essa mudança gera seja muito maior do que esse valor inicial”, disse.

Diante da perspectiva de dificuldade da aprovação de receitas para zerar o déficit primário em 2024, a meta fiscal foi alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que levou parte do governo e parlamentares a defenderem um afrouxamento do alvo, com menções a possíveis metas de déficit de 0,25% ou 0,50% do PIB para o ano.

Nos últimos dias, porém, membros do governo afirmaram que a meta de déficit zero em 2024 não será alterada, enfatizando a defesa pela aprovação de medidas que ampliem a arrecadação.

Na apresentação desta sexta, Campos Neto disse que o governo tem se esforçado em mostrar que existe a possibilidade de obter receitas fazendo correção de distorções.

Em relação à política monetária, ele afirmou que o BC tem indicado que a taxa básica de juros precisa estar em campo restritivo, mas não tem insistido em desenhar uma trajetória para a Selic porque há um ambiente de incerteza.

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O presidente do BC ainda disse que a autarquia retirou de seus comunicados o trecho que vinculava uma mudança no ritmo de afrouxamento monetário a surpresas significativas na inflação porque considerou que essa mensagem foi sedimentada na percepção dos agentes econômicos.

A taxa Selic está atualmente em 12,25%, e o BC já antecipou que pretende repetir cortes de 0,50 ponto percentual ao menos nas próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

 

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