Escândalo de Corrupção em Alto Nível O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está considerando uma intervenção sem precedentes no sistema judiciário da Bahia após investigações da Polícia Federal e do próprio CNJ revelarem um cenário de corrupção institucionalizada. O escândalo inclui a compra de decisões judiciais e a cooptação de agentes do sistema de justiça, com desdobramentos que ameaçam a integridade do poder judiciário no estado.
Detalhes do Caso O caso ganhou notoriedade após a PF desmantelar, em 2019, um esquema envolvendo desembargadores, juízes, advogados e empresários que participavam ativamente da venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Um dos protagonistas do escândalo, o fazendeiro Walter Horita, confessou ter pago decisões judiciais, com um acordo sigiloso com a Procuradoria-Geral da República (PGR) revelando que ele gastou R$ 30 milhões para influenciar julgamentos.
Ameaças e Assassinatos Relacionados A corrupção estendeu-se além do tribunal, afetando também o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Informações indicam que aqueles que não se deixavam comprar eram ameaçados de morte. A investigação cita casos de homicídios relacionados à disputa de terras, evidenciando o poder e a violência dos envolvidos no esquema.
Reações e Medidas O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, visitou o tribunal baiano para avaliar a situação. Com muitos desembargadores se declarando impedidos de atuar em procedimentos relacionados ao caso, o CNJ está preocupado com a continuidade das práticas corruptas. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou novas denúncias contra magistrados envolvidos, que, embora afastados, continuam recebendo seus salários.
Intervenção Proposta Diante das graves constatações, o CNJ avalia formas de intervenção para restaurar a ordem e a justiça no sistema judiciário baiano. A morosidade e a persistência das denúncias são vistas como indicativos de que as medidas corretivas são urgentemente necessárias.