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Bolsa fecha em queda puxada por EUA, mas acumula alta na semana; dólar fica em R$ 4,87

Bolsa fecha em queda puxada por EUA, mas acumula alta na semana; dólar fica em R$ 4,87
 

Semana agitada nos mercados financeiros com reflexos do cenário internacional e expectativas sobre juros no Brasil.

A Bolsa de Valores brasileira encerrou a semana com uma reviravolta, registrando sua única queda nos últimos dias nesta sexta-feira (15). O Ibovespa, principal índice de ações do país, fechou o dia com uma queda de 0,53%, atingindo a marca de 118.757 pontos. Apesar desse recuo, a semana foi marcada por um desempenho robusto, com o índice acumulando uma alta de 3% desde a última sexta-feira.

Os investidores permaneceram cautelosos devido às decisões sobre juros que estavam em pauta tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Essa preocupação fez com que a Bolsa brasileira seguisse o comportamento dos índices norte-americanos.

Enquanto o mercado brasileiro apresentou certa volatilidade durante o dia, o dólar manteve-se estável em relação ao real, fechando em R$ 4,87. No entanto, ao longo da semana, a moeda norte-americana acumulou uma desvalorização de 2,2%.

A sessão de sexta-feira foi marcada por acontecimentos no cenário internacional que influenciaram o mercado brasileiro. Dados positivos sobre a produção industrial e vendas de varejo na China proporcionaram um alívio momentâneo, dissipando temores de uma desaceleração econômica no país asiático. A produção industrial chinesa apresentou um crescimento de 4,5% em agosto em relação ao ano anterior, superando as expectativas dos analistas.

No entanto, houve uma queda nos investimentos no setor imobiliário chinês, o que impactou negativamente as ações chinesas durante o pregão asiático. Esse setor foi historicamente um dos principais motores do crescimento econômico na China e, recentemente, mostrou sinais de desgaste, gerando preocupações sobre o suporte econômico no país.

O Ibovespa iniciou o dia em alta, mas gradualmente perdeu terreno, consolidando a queda no final da tarde. A falta de indicadores relevantes na agenda doméstica e a cautela dos investidores antes das decisões sobre juros tanto no Brasil quanto nos EUA contribuíram para esse movimento, além de um movimento de realização de lucros.

As principais quedas do dia na Bolsa brasileira foram observadas nas ações da Vale (0,82%) e do Itaú (0,21%), que figuraram entre as mais negociadas da sessão. O Grupo Casas Bahia, ex-Via, também sofreu outra forte queda, com uma desvalorização de 15,55%, ainda refletindo o desempenho negativo de sua oferta pública de ações realizada durante a semana.

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De acordo com Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, a queda registrada na sexta-feira pode ser atribuída, em parte, à realização de lucros após os recentes ganhos no mercado. Esse fenômeno ocorre quando investidores decidem vender ações que tiveram uma valorização significativa para garantir seus lucros.

Guilherme Mendes, especialista da Blue3 Investimentos, destacou que os índices americanos também exerceram pressão sobre o Ibovespa. As quedas observadas no S&P 500, no Dow Jones e no Nasdaq foram impulsionadas por dados econômicos nos EUA que superaram as expectativas, aumentando a cautela em relação a uma possível elevação das taxas de juros no país.

Além disso, Mendes observou que as curvas de juros futuros subiram durante a sexta-feira, após a divulgação de dados de vendas de varejo no Brasil, que surpreenderam positivamente ao registrar um aumento de 0,7% em julho em relação ao mês anterior.

Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, também apontou a cautela dos investidores em relação à próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Embora seja amplamente esperado que o comitê continue reduzindo a taxa de juros, a incerteza em torno das informações divulgadas pelo Banco Central em relação a essa reunião gera alguma precaução entre os investidores.

O Ibovespa também foi influenciado por um movimento técnico relacionado ao vencimento de opções sobre ações na Bolsa, um fenômeno que ocorre regularmente na terceira sexta-feira de cada mês e afeta os preços dos ativos.

Um destaque positivo do dia foi o setor de energia, com a Equatorial registrando uma alta de 1,70%. A Energisa teve o desempenho mais notável, após aprovar uma emissão bilionária de debêntures no dia anterior. Outras empresas do setor, como Eneva e Copel, também apresentaram altas significativas, contribuindo para um ganho de 1,38% no índice que engloba as companhias de energia do Ibovespa.

No mercado cambial, o comportamento do dólar foi influenciado por indicadores mistos no cenário internacional. A força da moeda norte-americana em relação a outras moedas foi contrastada pelos dados favoráveis da China, que beneficiaram moedas de países exportadores, como o real brasileiro.

Alexsandro Nishimura, da Nomos, resumiu a complexidade do dia ao afirmar: “O dólar sofreu influências divergentes, com os dados melhores que as expectativas na China, o que favorece as moedas de países exportadores, como o real, enquanto os indicadores norte-americanos acima das projeções foram favoráveis à moeda norte-americana.”

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Em resumo, a semana foi caracterizada por uma mistura de eventos globais e nacionais que afetaram os mercados financeiros, mantendo os investidores em alerta e contribuindo para a volatilidade observada nos ativos brasileiros. As expectativas sobre as decisões de juros e os movimentos técnicos também desempenharam um papel significativo nas oscilações do mercado.

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