Em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus, clubes e federações buscam uma forma viável para realizar todas as competições previstas para temporada. Na visão do presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, não haveria nenhum tipo de prejuízo se os principais torneios do país fossem encerrados apenas em 2021.
“A gente tem procurado estabelecer prioridades. A gente sabe que não vamos ter uma solução perfeita em um momento como esse.
O que seria a solução perfeita? Manutenção do mesmo modelo de calendário de todas as competições e todas sendo encerradas em 2020. Dificilmente vamos ter essa circunstância, mas estamos prezando pela manutenção do modelo original das competições.
Vários contratos, como o da TV, são vinculados aos modelos. Se a gente pensar em mudar o formato, vamos afetar ainda mais todos os clubes. Então nós vamos até o fim para manter o Campeonato Brasileiro em pontos corridos com 38 rodadas, mesmo que tenhamos que ceder por outro lado.
Não há prejuízo nenhum em terminar a competição no início de 2021. Isso vai acontecer com diversos contratos, com escolas, com férias. É natural em um momento de ajuste”, disse em entrevista ao Expediente Futebol, do Fox Sports, nesta segunda-feira (4).
O cartola também falou sobre o impacto financeiro da paralisação do futebol por conta da pandemia. Na opinião de Bellintani, os clubes brasileiros estão caminhando para um colapso financeiro.
“O impacto é enorme. É um impacto parecido com o de pequenas e médias empresas brasileiras, que estão sofrendo muito já que suas atividades são muito direcionadas a grandes aglomerações. O futebol é muito vinculado a reunião de pessoas, isso faz parte da natureza do futebol.
A bilheteria, por exemplo, que é um dos principais canais de arrecadação está zerada desde março, os planos de sócio-torcedores estão em queda, os contratos de TV estão sendo suspensos ou reduzidos. Está muito próximo de um colapso financeiro dos clubes brasileiros. E isso inclui o Bahia”, complementou.
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