Ex-presidente se aproximou do animal marinho e ficou a menos de 15 metros de distância, de jet ski e com o motor ligado
A Polícia Federal (PF) decidiu não indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito sobre uma possível importunação de uma baleia jubarte, em São Sebastião (SP), em junho de 2023.
Agora, o Ministério Público Federal (MPF) decidirá se acolhe a recomendação da PF e arquiva o inquérito, se pede mais mais diligências aos investigadores ou se denuncia o ex-presidente.
Na época, vídeos publicados nas redes sociais mostraram que Bolsonaro se aproximou do animal marinho no momento em que ele aparecia na superfície da água, de jet ski e com o motor ligado.
O ex-presidente chegou a ficar a menos de 15 metros de distância do animal, apesar de uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proibir embarcações com motor ligado a menos de 100 metros de qualquer baleia.
Bolsonaro depôs há cerca de um mês à PF devido ao inquérito, que foi concluído sem o pedido de indiciamento (quando a polícia entende que o investigado cometeu um crime).
Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Bolsonaro e atual advogado do ex-presidente, também não foi indiciado (ele também estava no passeio e teve de prestar esclarecimentos sobre o caso). Em uma rede social, Wajngarten agradeceu “o empenho dos colegas advogados”.
Outros inquéritos
Dias antes de depor sobre a baleia, o ex-presidente tinha ido à sede da corporação, em Brasília, para prestar esclarecimentos sobre outro inquérito: suposta uma tentativa de golpe de Estado. Mas, desta vez, se valeu do seu direito de permanecer em silêncio diante dos investigadores.
Em uma outra investigação, foi indiciado pela PF pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público, pela falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
Bolsonaro também terá que se explicar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter dormido por dois dias na embaixada da Hungria em Brasília, em pleno Carnaval, apenas 4 dias dias após ter seu passaporte confiscado.
O episódio foi revelado pelo jornal The New York Times, que divulgou imagens do circuito interno de câmeras da embaixada húngara e disse que a hospedagem foi um aparente pedido de asilo, pois Bolsonaro não poderia ser preso por autoridades brasileiras dentro de uma embaixada estrangeira.
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