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Minoritários da Petrobras fizeram alerta para risco de corrupção e endividamento

 

Mudança no estatuto da estatal – baseada numa decisão monocrática do STF que afrouxou a lei das estatais – provocou uma queda de 6% nas ações da empresa na terça-feira

Na última reunião do conselho de administração da Petrobras, representantes dos acionistas minoritários levantaram sérias preocupações quanto aos riscos de corrupção e aumento do endividamento da estatal. Essas preocupações surgiram em meio a importantes mudanças que a empresa vem adotando em sua estrutura e estratégia.

Na sexta-feira, a Petrobras aprovou uma alteração em seu estatuto que abrirá caminho para a entrada de políticos nos conselhos da empresa e de suas subsidiárias. Além disso, houve uma modificação na política de dividendos da empresa, impactando os acionistas. Essas mudanças, que apontam para um maior envolvimento político na Petrobras, causaram preocupações nos representantes dos acionistas minoritários.

 

Outra questão em discussão, embora ainda sem definição, é um expressivo aumento no plano de investimentos da companhia. Segundo fontes próximas à empresa, esse aumento levaria o plano de investimentos da Petrobras de US$ 73 bilhões para cerca de US$ 100 bilhões. Os recursos adicionais, que representam US$ 25 bilhões a mais, seriam direcionados para investimentos em energia renovável, como projetos eólicos e solares, além de petroquímica e fertilizantes.

Os conselheiros representantes dos acionistas minoritários enfatizaram que o aumento de investimentos, juntamente com as mudanças na governança da empresa, poderia criar uma “combinação explosiva para corrupção e mais dívida”.

A recente modificação no estatuto da Petrobras, baseada em uma decisão monocrática do Supremo Tribunal Federal (STF) que afrouxou a lei das estatais, desencadeou uma queda de 6% nas ações da empresa. Essa queda reflete as incertezas e preocupações dos investidores em relação às mudanças na governança e na estratégia da Petrobras.

O debate em torno dessas questões ressalta a importância de um equilíbrio entre as decisões políticas e empresariais em uma empresa estatal e a necessidade de garantir a transparência, a integridade e a responsabilidade corporativa em todos os níveis de governança.

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