Representantes da Enel enfrentam avaliação do Ministério Público após forte tempestade deixar milhares sem energia
São Paulo, 07 de novembro de 2023
O Ministério Público de São Paulo convocou uma reunião nesta terça-feira, 7 de novembro, com representantes da Enel para discutir as medidas que serão adotadas após o apagão que atingiu a Grande São Paulo. A reunião visa avaliar a resposta da empresa diante das interrupções no fornecimento de energia elétrica resultantes das fortes chuvas e ventos intensos que atingiram o Estado na última sexta-feira, 3 de novembro.
Em comunicado à imprensa, o MP destacou que “a Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital se reunirá com representantes da Enel SP para obter informações sobre as ações da empresa no sentido de restabelecer o fornecimento de energia elétrica aos consumidores, principalmente na região da Grande São Paulo, onde os impactos da interrupção têm sido notórios desde o final da semana passada.”
Essa reunião faz parte de um procedimento que já estava em andamento na Promotoria de Justiça para avaliar a qualidade dos serviços prestados pela empresa, um serviço essencial que afeta diretamente a vida dos consumidores. O apagão causou transtornos significativos, especialmente para comércios que sofreram com a falta de energia, resultando em perdas significativas de estoques e vendas.
Prejuízo
De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o prejuízo para o comércio na Grande São Paulo pode chegar a até R$ 126 milhões devido à falta de energia. A estimativa, baseada no movimento diário da cidade de São Paulo e região metropolitana, é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).
A Associação Brasileira de Comércios (Abrasel) relatou que 15% dos comerciantes de São Paulo ficaram sem energia. A organização estabeleceu um plantão para oferecer assistência jurídica aos que foram afetados pelas interrupções.
Na noite de segunda-feira, a Enel informou que 315 mil residências na Grande São Paulo ainda estavam sem energia. No entanto, o fornecimento de energia havia sido restabelecido em 85% dos 2,1 milhões de imóveis afetados pela tempestade na última sexta-feira.
O prejuízo se estende a uma variedade de estabelecimentos, incluindo restaurantes e comércios locais. Alguns restaurantes tiveram que descartar alimentos, enquanto outros optaram por alugar geradores de energia para manter seus estoques e reabrir seus negócios.
Além disso, a falta de energia também impactou a disponibilidade de gelo, causando problemas adicionais para muitos comerciantes. Um posto de gasolina, por exemplo, ficou sem estoque de gelo, mesmo após fazer encomendas junto a distribuidoras.
Em um shopping na Zona Oeste da capital, cerca de 120 lojas permanecem fechadas desde a tarde de sexta-feira. Farmácias tiveram que transferir medicamentos para lojas em operação, mas o prejuízo já ultrapassa R$ 40 mil.
O encontro entre o Ministério Público e a Enel será fundamental para avaliar as ações da empresa diante do apagão e buscar soluções para minimizar os impactos nas vidas dos consumidores e comerciantes afetados. A discussão também ressalta a importância de um serviço confiável de energia elétrica em uma região metropolitana tão densamente povoada como a Grande São Paulo.
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