Membros da tripulação, sem visto para desembarcar, enfrentam dificuldades após colisão que derrubou ponte e causou mortes.
A tripulação do navio cargueiro Dali, responsável pelo trágico acidente que derrubou a ponte Francis Scott Key em Baltimore, segue confinada na embarcação quase dois meses após o incidente, enfrentando restrições severas sem permissão para desembarcar nos Estados Unidos.
No dia 26 de março, o Dali, um navio sob bandeira de Singapura, colidiu com a ponte Francis Scott Key, uma importante via de 2,5 quilômetros sobre o rio Patapsco. O acidente resultou na morte de seis pessoas e causou a destruição significativa da estrutura, exigindo demolições controladas para liberar os destroços e permitir trabalhos de reconstrução.
A tripulação, composta por indianos e um cingalês, encontra-se em uma situação delicada, presa a bordo sem vistos adequados para entrar nos EUA. Um relatório preliminar do Conselho Nacional de Segurança de Transportes revelou que o navio sofreu apagões antes do acidente, complicando ainda mais a situação.
Os marinheiros têm enfrentado desafios não apenas legais, mas também logísticos e emocionais. Representantes sindicais têm visitado o grupo, fornecendo novos celulares para facilitar a comunicação. No entanto, a falta de acesso a contas bancárias impede a tripulação de cumprir responsabilidades financeiras para com suas famílias nos países de origem.
Declarações e Apelos: David Heindel, presidente do Sindicato Internacional de Marinheiros, expressou preocupação com o bem-estar e os direitos dos tripulantes: “Pedimos que as autoridades levem em conta o fato de que marinheiros precisam de celulares para pagar contas e, principalmente, transferir dinheiro e sustentar suas famílias nos seus países de origem,” disse ele. Heindel também destacou a crescente desmoralização entre os tripulantes diante da falta de ferramentas essenciais e da incerteza quanto ao futuro legal deles.
Enquanto a investigação do acidente continua, a situação da tripulação do Dali permanece incerta e carregada de tensão. A comunidade internacional e as organizações de direitos humanos estão cada vez mais atentas ao caso, destacando a necessidade urgente de resolver a situação de maneira justa e humana.