Eduardo Bolsonaro e outros deputados aliados de Jair Bolsonaro viajam com verba pública para apoiar candidato de ultradireita em eleições argentinas.
Uma nova controvérsia política surge com a notícia de que deputados brasileiros, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, usaram recursos da Câmara para viagens à Argentina em apoio ao candidato de ultradireita Javier Milei nas eleições presidenciais. A informação foi divulgada pela coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Conforme relatado, Eduardo Bolsonaro, juntamente com os deputados Rodrigo Valadares (UB-SE) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), esteve em Buenos Aires durante o primeiro turno das eleições presidenciais argentinas. Os gastos, que incluem hospedagem e passagens aéreas, foram custeados com dinheiro público, levantando questões sobre a adequação do uso de fundos da Câmara para atividades políticas no exterior.
O deputado Rodrigo Valadares teria desembolsado R$ 4,5 mil em recursos públicos para hospedagem no luxuoso hotel Hilton em Puerto Madero, um dos bairros mais nobres de Buenos Aires. Por outro lado, Eduardo Bolsonaro e Marcel Van Hattem gastaram, cada um, R$ 4,2 mil em passagens aéreas para a capital argentina.
A viagem e o apoio a Javier Milei, conhecido por suas posições de extrema-direita, têm gerado debates e críticas, especialmente no contexto de uso de verbas públicas para fins que parecem extrapolar as atribuições normais dos deputados.
A revelação desses gastos vem em um momento de intensa polarização política no Brasil e reflete a crescente influência das políticas populistas e de direita na América Latina. Enquanto os apoiadores dos deputados veem a viagem como um ato de solidariedade ideológica, críticos questionam a legitimidade e a ética por trás da utilização de recursos públicos em atividades partidárias internacionais.
Este caso reacende o debate sobre a transparência e a responsabilidade no uso de fundos públicos por políticos, ressaltando a necessidade de maior escrutínio e fiscalização das despesas governamentais.