A Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou uma operação nesta quarta-feira (17) contra influenciadores digitais suspeitos de realizar rifas ilegais e manipular os resultados dos sorteios.
A ação foi conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon) e teve como alvo cinco indivíduos, incluindo os influenciadores conhecidos como Chefin, Gui Polêmico e Almeida do Grau, todos com um grande número de seguidores nas redes sociais.
De acordo com as investigações, os suspeitos empregavam artifícios fraudulentos para controlar os resultados das rifas, garantindo lucros consideráveis que supostamente eram utilizados na compra de veículos de luxo e propriedades. As buscas foram realizadas em endereços localizados em bairros nobres do Rio de Janeiro, bem como nos municípios de Niterói, São Gonçalo e Magé, na região metropolitana da capital.
Durante a operação, a polícia apreendeu maços de dinheiro, relógios e joias, além de buscar identificar outros membros do grupo criminoso e reunir provas relacionadas a delitos como lavagem de dinheiro.
Os perfis dos influenciadores, especialmente Gui Polêmico e Almeida do Grau, eram utilizados para divulgar os sorteios e prêmios, atraindo milhões de seguidores. No entanto, surgiram reclamações sobre a falta de transparência nos resultados e alegações de compradores de cotas insatisfeitos com o processo.
Gui Polêmico, com 4,6 milhões de seguidores no Instagram, e Almeida do Grau também foram vistos exibindo carros de luxo e promovendo rifas com prêmios valiosos por valores irrisórios, como centavos. Alguns participantes reclamaram de falta de contato após ganharem supostos prêmios.
Os influenciadores investigados enfrentam acusações de jogo de azar, crime contra a economia popular e associação criminosa.
A Agência Brasil entrou em contato com eles para obter posicionamento e aguarda uma resposta.
A operação revela a preocupação das autoridades com práticas ilegais envolvendo rifas e sorteios manipulados, demonstrando o impacto negativo dessas atividades fraudulentas na economia e na confiança dos consumidores.