A grande novidade do documentário, revela o jornalista Guilherme Belarmino, são duas testemunhas que nunca foram ouvidas pela polícia.
A vida e a morte do cantor MC Daleste, assassinado no auge da carreira, é tema do novo documentário do Globoplay, que estreou nesta sexta-feira (23). A história de de Daniel Pellegrini, o Daleste, é contada pelo jornalista que também veio da Zona Leste da capital paulista. Em ‘MC Daleste – mataram o pobre loco’, Guilherme Belarmino, tenta trazer luz para um crime que chocou o mundo do funk em 2013.
“Essa é uma das respostas que a gente quer buscar no nosso documentário. A vida do Daleste representa a vida de outros milhares de jovens da periferia. Muito estigmatizado, né, que sofreu muito preconceito ao longo da vida e também depois da morte”, diz o jornalista.
Quem também conta essa história é a jornalista Eliane Scardovelli, diretora e roteirista do documentário. Ela conta como foi difícil o início do artista no ramo da música, desde muito jovem, até chegar ao tão sonhado reconhecimento.
“Gravava de uma maneira rudimentar na lan house, fazia vaquinha para conseguir gravar e aí a música dele foi se espalhando, se espalhando por São Paulo. Ele fez uma música chamada ‘Todas as Quebradas’ e as pessoas começaram a se identificar com ele, e ele começou a estourar”, conta.
A morte de Daleste repercutiu no mundo todo. Na época, Guilherme Belarmino era produtor do Fantástico.
“Quando eu fui para Campinas para acompanhar a perícia, para mostrar o que estava acontecendo lá, por causa da repercussão, por causa das imagens que rodaram o mundo, eu imaginava que ele ia ser resolvido, que a polícia descobrir o que aconteceu com o Daleste, mas o tempo foi passando… Eu percebi que o amor dos fãs nunca diminuiu, mas que o interesse das autoridades, sim”, relata.
Juntos, Guilherme, Eliane e o produtor Kleber Tomaz passara um ano analisando o inquérito policial e também procurando novas informações sobre a morte do MC Daleste. A polícia demorou 13 horas para chegar à cena do crime.
“A cena estava muito prejudicada. Havia muita gente, o local não era controlado, não havia muitos vestígios no local do crime. Não havia projétil, não havia estojo”, conta o delegado Rui Pegolo
A grande novidade do documentário, revela Guilherme, são duas testemunhas que nunca foram ouvidas pela polícia.
“Uma das testemunhas diz que houve uma briga antes do assassinato. Ele narra essa briga e uma outra testemunha diz que existe um envolvimento de uma facção criminosa”, fala Eliane.
A nova série documental do Globoplay procura responder as perguntas que ainda pareçam sem resposta. A família do cantor espera que o documentário provoque as autoridades a reabrir a investigação, que está arquivada.
FONTW.: G1