Com grandes nomes do audiovisual entre os jurados e mais de cem participantes, ‘Festival Filma em Casa’ reúne produções de profissionais e amadores
O isolamento social instituído devido à pandemia do novo coronavírus veio para dar uma boa chacoalhada na vida das pessoas e, longe da rotina corrida de ensaios e gravações, muitos artistas vêm buscando formas de extravasar os sentimentos que ficam fervilhando na cabeça.
Foi assim que Paulo Vilhena decidiu transformar o que era apenas uma ideia oriunda de sua inquietude em algo mais concreto e criou o Festival Filma em Casa, um projeto que visa estimular e movimentar profissionais e amadores apaixonados por audiovisual neste período repleto de limitações.
Muita gente diz que este momento que o mundo está passando é uma oportunidade para analisarmos nossas vidas e os caminhos que temos seguido e, na quarentena, Paulo também se viu em meio a essa reflexão.
“É muito paradoxal para mim porque, ao mesmo tempo que é difícil, pesado e, muitas vezes, mentalmente e fisicamente cruel, também aconteceu uma dedicação maior a projetos que estavam ali engavetados”, explica.
“Às vezes, por conta do dia a dia ordinário, o que realmente quereremos vai sendo deixado de lado. Esse foi um momento de olhar para o que eu realmente quero.”
Se dividindo entre suas casas do Rio de Janeiro e de São Paulo na companhia de Conceição, sua cachorrinha, e da namorada, Maria Luiza Silveira, o ator conta que, apesar de ocupar seu tempo com alguns passatempos, como cozinhar e treinar, foi inevitável que sua verve artística ficasse mais aflorada diante de todas as emoções inerentes ao momento.