Total 163 rodoviários do extinto Consórcio Salvador Norte (CSN) receberam pagamentos referentes aos direitos trabalhistas nesta sexta-feira (16). De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, os pagamentos foram feitos após a antiga empresa vender uma garagem em Salvador.
A extinta CSN vendeu uma garagem de ônibus localizada no bairro de Pirajá. O sindicato não detalhou o valor da venda, nem quanto cada ex-funcionário recebeu.
A empresa teve o contrato rescindido com a prefeitura de Salvador em 2021, após uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato.
Desde então, milhares de funcionários da antiga companhia protestam para que os valores devidos sejam pagos.
Entenda o impasse
O problema com a CSN começou em junho de 2020, quando a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da empresa, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a CSN tinha descumprido o acordo coletivo assinado com a categoria, além de atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete-alimentação.
Em março de 2021, a empresa teve o contrato rescindido. Com o fim da operação da CSN, parte dos profissionais foi admitida pelos dois consórcios em operação na cidade (OTTrans e Plataforma). No entanto, outros não foram contratados, nem receberam os pagamentos que tinham direito.
Ainda no mesmo ano, foi homologado um acordo no processo de Pedido de Mediação Pré-Processual, que teve o objetivo de efetivar o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores da CSN. No acordo, dentre outras obrigações instituídas para as empresas do Grupo CSN, foi previsto o pagamento de R$ 74.663.000 milhões.
Do montante original foram pagos R$ 20.637.746,86 milhões, com recursos vindos do Município de Salvador. O valor que não foi pago resultou no ajuizamento da ação que está em curso na Secretaria de Execução e Expropriação do TRT-5.
A Justiça do Trabalho informou que, desde o início da ação executiva, o TRT penhorou diversos imóveis da CSN e demais empresas que integram o grupo.
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