A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, alertou nesta sexta-feira (12) sobre as consequências preocupantes da tendência de fragmentação do comércio global.
Segundo a líder da OMC, se essa trajetória persistir, o mundo poderá perder aproximadamente 5% do Produto Interno Bruto (PIB) global, equivalente à economia do Japão.
O número alarmante foi estimado por analistas da OMC no ano passado e continua a representar um sério risco para a economia global, conforme destacado por Ngozi Okonjo-Iweala.
Embora os dados agregados de 2023 ainda estejam sujeitos a incertezas e “ruídos”, a diretora observou sinais crescentes de fragmentação que podem ter efeitos prejudiciais.
Um exemplo citado por Ngozi foi a desaceleração no comércio entre China e Estados Unidos, além do aumento mais rápido das transações entre países que compartilham mentalidades semelhantes.
Essa mudança de padrão comercial vai de encontro aos valores fundamentais nos quais a estrutura do comércio internacional deveria se basear,
especialmente a ideia de “livre comércio e ausência de protecionismo”.
A diretora-geral expressou preocupação sobre as implicações dessa postura, afirmando que isso não apenas contraria os princípios fundamentais do comércio global,
mas também representa uma ameaça aos mercados emergentes, impedindo o seu desenvolvimento.
“Ao seguir por essa trajetória, estaríamos assinando uma sentença para os mercados emergentes, prejudicando significativamente suas perspectivas de crescimento e contribuindo
para a desigualdade econômica global”, pontuou Ngozi Okonjo-Iweala.
A fragmentação do comércio não só coloca em risco a estabilidade econômica, mas também levanta questões sobre a coesão internacional e a colaboração entre as nações em um momento crucial para a recuperação pós-pandemia.
A OMC, sob a liderança de Ngozi Okonjo-Iweala, destaca a importância de reafirmar os princípios de livre comércio e cooperação global para promover o crescimento sustentável e inclusivo em todo o mundo.
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