Rodoviários de Salvador voltaram a protestar nesta sexta-feira (30). Os trabalhadores interditam parcialmente a região da Rótula do Abacaxi, e cobram celeridade da Justiça após acordo por dívidas trabalhistas com a Concessionária Salvador Norte (CSN)
Os manifestantes ocupam duas das três faixas da pista, e seguem caminhando sentido Iguatemi. Há engarrafamento no local e policiais militares acompanham o protesto, que é pacífico. Na última terça-feira (27), o grupo também protestou na região da Estação da Lapa
De acordo com o sindicato da categoria, a CSN informou que já entrou com petição renunciando ao recurso. Com isso, os trabalhadores cobram celeridade da Justiça, para dar seguimento ao processo com a emissão da certidão referente ao acordo do pagamento dos direitos trabalhistas
A reportagem entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), mas ainda não obteve resposta
Impasse
O impasse trabalhista entre a CSN e os rodoviários teve início quando a Concessionária Salvador Norte teve o contrato rescindido pela prefeitura de Salvador, após um relatório de uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato por parte da empresa. Segundo o prefeito Bruno Reis, o total da dívida acumulada da CSN é de R$ 516 milhões
Em 9 de julho, os rodoviários fizeram uma assembleia e paralisaram as atividades por cerca de cinco horas. Na ocasião, a prefeitura montou uma operação para que o trânsito não fosse tão afetado. Durante a paralisação, 17 linhas foram suspensas
Em junho de 2020, a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da CSN, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a concessionária descumpria acordo coletivo assinado com a categoria, além de atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete alimentação
Diante dos problemas financeiros da empresa, muitos rodoviários da empresa foram demitidos, mas não receberam as verbas rescisórias. Em abril deste ano, uma audiência entre rodoviários de Salvador e CSN terminou com acordo parcial
Na ocasião, ficou definido que a demissão dos 1.118 funcionários da CSN seria formalizada para que eles conseguissem efetuar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e dar entrada no seguro-desemprego.
Fonte: g1
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