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Setor hoteleiro de Salvador fecha 2021 com 45,6% de ocupação, segundo pior índice em 10 anos

Setor hoteleiro de Salvador fecha 2021 com 45,6% de ocupação, segundo pior índice em 10 anos
 

Percentual reflete o impacto da pandemia em salvador que alterou a dinâmica do turismo na capital baiana.

O ramo hoteleiro de Salvador fechou 2021 com 45,61% de ocupação média, de acordo com dados apurados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA). O índice é o segundo menor dos últimos 10 anos e reflete o impacto sentido pelo setor desde que a pandemia alterou a dinâmica do turismo na capital baiana.

A pior média anual de ocupação nos hotéis em Salvador foi registrada em 2020,quando a pandemia da Covid-19 derrubou a taxa média de ocupação para 37,40%. Somente no início do mês de março daquele ano, as reservas nos hotéis tiveram queda de 30%, de acordo com a Secretaria Municipal de Turismo.

Um exemplo de quem sofreu com esse cenário foi Renata Prosérpio, sócia-gerente do Casa Di Vina Boutique Hotel, localizado no bairro de Itapuã.

“Houve um impacto muito forte sobre o turismo em geral, mas, em particular, na hotelaria. A partir do dia 15 março de 2020, nosso hotel sofreu com uma enxurrada de cancelamentos de reservas”, disse.

 

Em abril de 2020, a rede hoteleira da capital baiana praticamente paralisou as atividades em meio às medidas de restrição social para combater o coronavírus em todo o país. À época, 95% dos hotéis da capital baiana chegaram a ser fechados, segundo informações da Federação Baiana de Alimentação e Hospedagem (FeBHA). Para reduzir gastos, os donos dos estabelecimentos deram férias de 15 ou 30 dias aos funcionários, além de terem demitido muitos que estavam em período de experiência.

No hotel administrado pela empresária Renata Prosérpio, as portas não foram fechadas, porém, houve redução drástica na procura por reservas. Ela destaca que o pior mês para o empreendimento foi abril de 2020, quando a ocupação média despencou para 11,23%.

“Essa situação perdurou até mais ou menos setembro, quando as pessoas começaram a ter um pouco mais de segurança. Incorporamos protocolos como uso de máscaras, distanciamento social, uso do álcool em gel, entre outros”, complementou.

 

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Conforme os dados divulgados pela ABIH-BA, a melhor média anual nos últimos 10 anos foi registrada em 2019, quando o setor fechou o ano com 62,4% na taxa de ocupação.

Novo surto prejudicou recuperação do setor

De acordo com Luciano Lopes, presidente da ABIH-BA, com o início da segunda onda da pandemia em dezembro de 2020, os primeiros meses de 2021 foram duramente afetados. As expectativas para o verão retrocederam e a hotelaria da capital baiana só voltou a apresentar sinais de recuperação a partir de julho, com o avanço da vacinação e a reabertura de praias e pontos turísticos.

O presidente da ABIH-BA destaca que em 2021, com o incremento dos voos domésticos e o avanço da vacinação, a entidade identificou a chegada de pessoas de diferentes estados do país. Já o último mês do ano registrou ocupação de 61,18%, aproximadamente 13% maior que dezembro 2020.

Apesar do cancelamento do “Festival da Virada”, o último dia do ano atraiu turistas para celebrar a mudança do calendário na capital baiana. Em 31 de dezembro, os hotéis de lazer em frente ou próximos às praias tiveram taxa de ocupação de 90%.

Até esta terça-feira (17), a procura para hospedagem no verão está aquecida, com taxas de ocupação semelhantes às observadas no verão de 2020, anterior à pandemia. O número de passageiros também tem crescido no aeroporto de Salvador.Segundo a Vinci Airports, que administra o terminal, estima-se que 11.886 pessoas devem passar pelo local entre dezembro de 2021 e o final de janeiro.

Expectativas para 2022

As expectativas seguem de forma positiva para o ano de 2022, apesar do incremento no número de casos nas últimas semanas no Brasil, conforme explica Luciano Lopes.

Ele afirmou que a ABIH-BA tem monitorado os casos de Covid na Bahia e em outros estados. Tem sido verificado que a maioria dos casos é de pacientes com sintomas leves e assintomáticos, não sendo motivo de insegurança para os hóspedes que continuam viajando.

Por causa disso, a entidade espera um “desempenho hoteleiro crescente ao longo do ano”.

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Fonte: g1

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