Moisés Souza o Suspeito foi até a Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa na companhia de um advogado. Familiares e amigos da mulher morta cobraram justiça.
O suspeito de matar a facadas a companheira Jéssica Reis, de 28 anos, se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Salvador, no fim da manhã desta terça-feira (12). Ele estava na companhia de um advogado, para prestar depoimento. A ida à delegacia aconteceu no mesmo dia em que a vítima foi enterrada, em um cemitério no bairro de Plataforma.
Jéssica foi morta na noite de domingo (10), no bairro do Alto do Cabrito, dentro da casa onde vivia com o namorado. O homem identificado como Moisés Souza era procurado desde a noite do crime. De acordo com a Polícia Civil, o delegado titular da 3ª Delegacia de Homicídios /BTS, que investiga o caso, solicitou prisão temporária do suspeito.
De acordo com os familiares de Jéssica, na delegacia o homem teria dito que a namorada se matou. Os parentes refutam essa versão, já que a vítima arrumou as coisas para ir embora de casa e ligou para uma amiga pouco antes do crime.
Enterro
O enterro de Jéssica foi marcado por forte comoção, homenagens e pela indignação dos amigos e familiares. Eles acusaram o namorado da vítima de ter cometido o crime e cobraram justiça.
“Tá doendo muito muito, eu estou desesperada. O que eu estou falando de Jéssica hoje eu nunca pensei que falaria por causa de você [Moisés]. Você vai pagar e a justiça foi feita”, afirmou uma tia de Jéssica.
“Eu disse para ela largar aquele homem e ela me contou que as coisas dela já estavam arrumadas. Ele não quis se separar de minha filha e fez isso. Minha filha era muito querida, trabalhadora. Ele que não vale nada”, desabafou a mãe.
Uma prima de Jéssica ainda contou que, quando Moisés soube que havia decidido sair de casa, quebrou lâmpadas e móveis da casa onde os dois viviam. “Se ele diz que é inocente, que a polícia prenda ele preventivamente e investigue as provas. Ela pediu ajuda com todas as forças pelo celular, ela não se matou”, afirmou.
Como denunciar
De acordo com a Polícia Civil, em 2022 já foram registrados 40 casos de feminicídios na Bahia. A capitã Alcilene Coutinho Ramos, coordenadora de processos, projetos e protocolos da Superintendência de Proteção à Violência , afirma que é preciso atuar na prevenção da violência.
“A mulher que está sofrendo violência pode contar com a rede pública de enfrentamento e nós como sociedade, amigos, familiares, grupos religiosos, temos que estar próximos dessa mulher, porque dificilmente ela consegue romper esse ciclo de violência sozinha”, afirma.
A capitã ainda reforça que xingamentos, humilhações e ameaças também são enquadrados como violência e é possível pedir uma medida protetiva frente a essas situações.
- Central de Atendimento à Mulher – ligue 180
- Fala Salvador 156 – discar tecla 9
- Centro de Referência de Atendimento à Mulher – (71) 3235-4268
- Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública – (71) 3324-1587
- Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher – (71) 3321-1949
- Delegacias de Atendimento à Mulher – (71) 3116-7000
Fonte: g1
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