A projeção representa um aumento de 5,5 milhões de toneladas na comparação com maio de 2022, o farelo de soja é exportado principalmente para a UE
A exportação de soja do Brasil foi estimada em novo recorde de 15,76 milhões de toneladas em maio, enquanto os embarques de farelo de soja também deverão quebrar marcas históricas mensais neste mês, de acordo com projeções publicadas nesta terça-feira pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Os embarques do Brasil, maior exportador global de soja, estão crescentes este ano com o país tirando proveito de uma safra recorde, enquanto os exportadores brasileiros também têm ganhado mercado devido à quebra da colheita da Argentina, tradicionalmente o maior exportador de óleo e farelo de soja.
A projeção representa um aumento de cerca de 5,5 milhões de toneladas na comparação com maio de 2022. Enquanto a China é o maior cliente brasileiro do grão, o farelo de soja é exportado principalmente para a União Europeia.
Caso se confirme a exportação prevista pela Anec, o volume de maio superaria ligeiramente o maior embarque mensal anterior do país, de abril de 2021 (15,67 mihões de toneladas), à medida que o Brasil lida com um déficit de armazenagem de grãos, que também aumenta a pressão para o escoamento por parte de produtores, que aguardam a colheita de uma safra recorde de milho a partir de abril.
No caso do farelo de soja, a exportação deverá ser também a maior já vista, somando 2,6 milhões de toneladas. A Anec confirmou que o dado também representaria um volume histórico, assim como no caso do grão.
A última vez que o Brasil embarcou mais de 2 milhões de toneladas de farelo de soja em um mês foi em julho e junho do ano passado, segundo a associação.
Mas se a previsão da Anec se confirmar haveria crescimento de mais de 700 mil toneladas em relação a maio de 2022.
Em manifestação recente, o economista da associação da indústria, a Abiove, disse que a entidade elevaria suas projeções de exportação de farelo de soja para o ano, com uma produção também recorde e demanda gerada pela quebra na Argentina.
Até o momento, a Abiove estima exportações em 2023 de 21 milhões de toneladas de farelo de soja e 93,7 milhões de toneladas do grão da oleaginosa.
A maior produção de farelo de soja também é decorrente do processamento de soja mais forte para a produção de óleo, para a produção de biodiesel, uma vez que o país elevou sua mistura do biocombustível no diesel em 2023.
Os números de exportação de soja e farelo de soja divulgados pela Anec estão em linha com maiores exportações verificadas na segunda semana de maio pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que apurou embarques médios diários de 732,8 mil toneladas até segunda semana do mês.
Até a semana passada, a Anec projetava exportações de 15,35 milhões de toneladas de soja e de 2,37 milhões de toneladas de farelo.
A Anec ainda projetou maiores embarques de milho em 570.618 toneladas, versus 319.432 toneladas da previsão da semana passada. No caso do cereal, seria uma redução de cerca de meio milhão de toneladas na comparação anual, conforme números da Anec.
FONTE : Forbes
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