Amanda Nunes avisa: “Vou tomar o cinturão de volta”
Em entrevista ao Esporte Espetacular, lutadora baiana fala de revanche com Julianna Peña,
derrota no primeiro encontro, TUF, saída da ATT e descarta aposentadoria: “Não para por aqui”
Amanda Nunes tem uma coleção para campeão nenhum botar defeito.
São nove cinturões que representam cada vitória em disputas de título no UFC.
Foram seis no peso-galo (até 61,2kg) e três no peso-pena (até 65,8 kg).
Não por acaso ela está no Guiness Book, o livro dos recordes.
A lutadora baiana de 34 anos é a única mulher na história que foi campeã
em duas categorias diferentes no Ultimate. É também a única atleta,
entre homens e mulheres, que defendeu dois cinturões ao mesmo tempo.
Amanda é a mulher que mais venceu no octógono é dona do maior número
de nocautes nas categorias femininas. Tem mais, mas vamos ficar por aqui.
Mas os sete anos de invencibilidade e domínio absoluto no
UFC chegaram ao fim em dezembro do ano passado.
Na co-luta principal do UFC 269,
Amanda Nunes perdeu o cinturão peso-galo para a americana Julianna Peña em Las Vegas.
Sete meses após o combate, dias antes da revanche do próximo sábado no UFC 277,
em Dallas, ela recebeu o Esporte Espetacular na Flórida, nos EUA
– Entrou um golpe dela, duro, e eu senti.
No que senti esse golpe, aquela leoa, aquela vontade de revidar,
veio logo.
Foi rápido.
O básico que ela tinha,
ela começou a me machucar, e custou a luta,
não consegui me recuperar.
Aos 3min36s do segundo round,
Julianna encaixou o mata-leão e a brasileira imediatamente bateu em desistência.
Mas Amanda mesmo admite que a finalização não estava encaixada,
só que àquela altura não oferecia qualquer resistência.
– Realmente não estava encaixada.
Quando ela conseguiu me botar para baixo, eu não estava mais ali.
Nunca passei por um momento que entrou um golpe
duro e que realmente me tirou o meu equilíbrio, e esse conseguiu.
E antes de qualquer coisa bati porque já não estava aguentando mais nada.
Amanda Nunes era tão favorita a vencer a luta que a vitória de Julianna Peña
foi considerada uma das maiores zebras do esporte.
A brasileira lidou com esse momento com naturalidade e pareceu ter tirado um peso das costas.
– Viver tendo que manter o cinturão por muitos anos, e o tempo todo treinando,
se puxando o tempo todo, ter que estar na academia o tempo todo…
Eu não conseguia aproveitar direito a minha vida.
E aí quando perdi o cinturão me tirou aquele peso e me deixou mais tranquila.
Por isso que acho que não senti um baque tão grande naquela noite.
Fonte : Combate