Grêmio pressiona, acerta trave, perde gols, endurece o jogo, mas consegue vencer para colocar 12 pontos de vantagem da ameaça Flamengo e solidificar como nunca a busca do troféu.
A cautela, aos poucos, vai sendo quebrada. No discurso, ainda não. Mas alguns gestos mostram o inevitável. O Atlético-MG tem caminho aberto e sólido para se sagrar campeão do Brasileiro 2021, 50 anos após o único título.
Vencer o duro Grêmio no drama, com 56 mil torcedores, gol de pênalti, foi um grito de alívio.
Na sua fortaleza Mineirão, abarrotada de torcedores, o Atlético-MG sumiu na névoa levantada no começo do jogo, após efeito pirotécnico do estádio.
Miguel Borja fez gol, corretamente anulado.
A pressão do Grêmio surpreendeu.
Não era, nem de longe, a segunda pior equipe do torneio.
A resposta do Galo foi rápida, aos 11 minutos, com Zaracho.
Mas o time alvinegro não se encaixou.
Sem Jair, com Tchê Tchê no meio, e Guga tendo que enfrentar dois pontas muito qualificados (Douglas Costa e, depois, Ferreirinha), a defesa do Atlético fugiu da sua normal segurança nos pontos corridos.
E faltava liga no meio de campo para prender a bola entre Diego Costa e Hulk. Cuca sabia que tinha que corrigir a disposição dos jogadores.
E, ainda no primeiro tempo, Vágner Mancini foi para cima.
Sacou Villasanti, que vinha bem ao lado de Lucas Silva e Thiago Santos, para colocar Campaz.
Por milagres, o Grêmio foi para o vestiário sem fazer gol.
Mas a mudança de Mancini deu resultado porque, no início do segundo tempo, o Grêmio empatou.
O colombiano tabelou com Borja e se viu livre para vencer Everson.
Gol de qualidade.
Tudo indicava que a partida iria se arrastar
Dois times desesperados.
O Atlético não poderia desperdiçar a chance de ampliar a vantagem na liderança.
E o Grêmio, a essa altura do campeonato, não pode pensar em outra coisa se não três pontos a cada jogo, e queimar os sete pontos atrás do Bahia, primeiro fora da zona de rebaixamento.
Mas até isso pode favorecer o Atlético MG.
O Tricolor ainda irá encarar o Flamengo (e o próprio Atlético, é verdade) em casa.
Cuca viu que o time voltou sofrendo no segundo tempo.
Acionou seus reservas. Primeiro Jair, para dar mais consistência na proteção e, principalmente, na ligação de jogadas.
Depois, um pacotão com Savarino, Vargas e Mariano. Certeiro. Abriu pontas, sacou o apagado Hulk, e foi premiado.
O chileno fez o Mineirão (literalmente) balançar na cobrança de pênalti.
Uma loucura no Mineirão.
fonte : ge
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