Nas principais transações, Massa Bruta vendeu atletas por valor maior do que pagou, como é o caso do zagueiro Natan (R$ 26 milhões). Com Claudinho, lucro foi de cerca de R$ 90 milhões
O Red Bull Bragantino anunciou na última segunda-feira a venda do zagueiro Natan, de 22 anos, ao Napoli, da Itália. O negócio gira em torno de dez milhões de euros (R$ 53 milhões na cotação atual).
Para contratar o atleta, em 2021, o Massa Bruta pagou R$ 27 milhões ao Flamengo (R$ 5 milhões pelo empréstimo e R$ 22 milhões para contratação em definitivo). Embora nem todo o valor da venda ao Napoli fique com o Bragantino, já que Flamengo e Porto Vitória-ES têm parte dos direitos do atleta, o lucro foi de R$ 26 milhões.
Este é um dos casos em que o Bragantino, desde que passou a ser gerido pela Red Bull Bragantino, vendeu atletas por valor maior do que pagou quando contratou. O Massa Bruta não informa os valores das negociações, mas o geapurou o valor envolvido das principais negociações. O lucro é de R$ 148,5 milhões.
Vale destacar que o lucro de algumas negociações não fica somente com o Massa Bruta, já que outros clubes ainda tinham percentual dos direitos de alguns atletas. Veja a lista abaixo:
- Claudinho: compra por R$ 2,5 milhões / venda por R$ 92 milhões /lucro de R$ 89,5 milhões
- Natan: compra por R$ 27 milhões / venda por R$ 53 milhões / lucro de R$ 26 milhões
- Artur: compra por R$ 25 milhões / venda por R$ 45 milhões / lucro de R$ 20 milhões
- Fabrício Bruno: compra por R$ 2 milhões / venda por R$ 15 milhões / lucro de R$ 13 milhões
De comprador a vendedor
Assim que assumiu o controle do Bragantino, em 2019, a Red Bull investiu na contratação de atletas para o clube. Em 2021, o ge apurou que o Massa Bruta gastou quase R$ 150 milhões só para contratar promessas dos grandes clubes do Brasil.
À época, o então diretor técnico do Braga, Sandro Orlandelli, afirmou que as contratações eram necessárias para fortalecer o elenco, mas que a intenção, no futuro, era utilizar mais os atletas formados pelo próprio clube.
Orlandelli, que não trabalha mais no Bragantino, também afirmou que a revenda não era o principal motivo para a aposta em jovens atletas. Mas não negou que o fator comercial é um dos pontos que eram levados em consideração.
– O motivo do perfil (das contratações) está relacionado com a nossa filosofia de jogo, que tem uma característica agressiva e técnica. Dentro desse sentido, nós enxergamos a possibilidade de finalizar o desenvolvimento de um jogador jovem de acordo com a forma que enxergamos, de atingir o nível de agressividade e técnica que esperamos. É mais trabalhoso, porém, conseguimos ser menos errôneos – disse à época.
– Junto a isso, nós também contribuímos com uma conta simples, de receita e despesa. Jogadores de potencial têm um menor valor do que um produto final. Esse valor vai sendo desenvolvido, a gente consegue chegar num equilíbrio que nos dê resultado positivo e venha dar resultado economicamente também. O importante é deixar claro que não estamos preocupados em vender (jogadores), já que não fazemos nada que nos desequilibre financeiramente – acrescentou.
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