Um recente levantamento sobre a diversidade de racismo no futebol brasileiro revelou estatísticas preocupantes.
De acordo com a pesquisa conduzida pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e financiamento da Fisia Comércio de Produtos Esportivos, 41% dos jogadores negros que competem nos principais campeonatos do país já enfrentaram situações de racismo.
Os ambientes mais propensos a esses incidentes são os estádios, responsáveis por 53,9% dos casos registrados, e as redes sociais, com 31,4% de ocorrências. Surpreendentemente, a intolerância e o desrespeito não se limitam apenas a esses espaços, atingindo também os centros de treinamento e sedes dos clubes, denunciados por 11,4% dos participantes do estudo.
Além do racismo, o estudo também destacou a questão da intolerância religiosa, principalmente para os praticantes de religiões de matriz africana. Chocantemente, 97% dessas pessoas afirmam não ser respeitadas em suas crenças no meio do futebol, dominado por cristãos católicos (52,8%) e evangélicos (30,91%).
Um dos participantes relatou ter sido alvo de ofensas por mencionar sua religião, sendo acusado de ter pacto com o diabo, o que reflete a gravidade do preconceito religioso presente nesse ambiente.
Esses dados apontam para a necessidade urgente de ações para promover a inclusão e o respeito no futebol brasileiro, combatendo o racismo, a intolerância religiosa e a discriminação em todas as suas formas.
Caso mais recente de racismo, aconteceu durante o jogo do Real Madrid contra o Sevilla;
Um torcedor imitou um macaco na direção do atacante brasileiro Vinícius Júnior.
O atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, sofreu no dia 21/05/23 um ato de racismo na Espanha.
O caso aconteceu durante o jogo do Real Madrid contra o Sevilla, no Estádio do Sevilla.
Uma foto do jornal espanhol Marca mostra um torcedor imitando um macaco na direção do atacante brasileiro. Em nota, o clube informou que identificou o torcedor, o expulsou do estádio e o denunciou às autoridades.
O jogador Pogba também foi alvo de racismo:
O meio-campista Paul Pogba sofreu insultos racistas após perder um pênalti no empate do Manchester United por 1 a 1 diante do Wolverhampton, no dia 10/08/2019 , em confronto pelo Campeonato Inglês. Através do twitter, vários torcedores xingaram o jogador francês, que esteve perto de sair do clube nesta janela de transferências.
Pogba desperdiçou uma penalidade que poderia ter deixado os “Diabos Vermelhos” na liderança da Premier League. O lance causou revolta de vários internautas, que exageram e foram preconceituosos com atletas.
Hoje, alguns jogadores do Manchester United e o próprio clube se manifestaram sobre o caso. Rashford, Maguire e Smalling foram alguns dos companheiros que pediram um basta no racismo na Inglaterra.
“Chega” isso precisa parar o Twitter”, twittou Rashford. “O Manchester United é uma família. Paul Pogba faz grande parte dessa família. Você o ataca e nos ataca a todos.”
Manchester United is a family. @paulpogba is a huge part of that family. You attack him you attack us all… @ManUtd https://t.co/PgalnFQMeu
— Marcus Rashford (@MarcusRashford) August 20, 2019
“Repugnante. A mídia social precisa fazer algo sobre isso … Toda conta aberta deve ser verificada por um passaporte / carta de condução. Pare com esses trolls patéticos fazendo inúmeras contas para abusar das pessoas”, comentou o recém-contratado Harry Maguire.
Conscientização no futebol atual :
O racismo persiste como uma sombra no mundo do futebol, afetando jogadores, torcedores e o espírito do esporte. Atos discriminatórios não têm lugar em um jogo que deveria unir pessoas de todas as origens. Recentemente, incidentes chocantes evidenciaram a necessidade premente de erradicar essa realidade do futebol e da sociedade em geral.
É vital entender que o racismo não escolhe times, ele afeta jogadores de todas as cores e origens. A bola não discrimina, e nós, como sociedade, não devemos tolerar o preconceito que mancha a beleza do esporte.
A conscientização sobre o racismo no futebol é um dever de todos, independentemente da classe social ou raça. Devemos unir esforços para educar, promover a igualdade e solidificar a mensagem de que o respeito e a inclusão são valores fundamentais, dentro e fora dos gramados.
Os estádios, palcos de paixão e emoção, devem ser espaços de celebração, não terreno para a propagação do ódio. A mudança começa com cada um de nós, exigindo responsabilidade dos órgãos esportivos, dos clubes, da mídia e de cada indivíduo apaixonado pelo esporte.
É tempo de agir, de tomar uma posição firme contra o racismo no futebol. Juntos, podemos criar um ambiente onde a diversidade seja celebrada e onde cada jogador possa competir e ser admirado pelo seu talento, não pela cor da sua pele. A mudança é possível, e depende de cada um de nós fazer a diferença.
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