Mulheres colecionam conquistas históricas no futebol; veja oito delas neste 8 de março
Primeiras competições, árbitra pioneira, estreia em Copas do Mundo, Marta, artilharias…
Momentos marcantes são lembrados pelo ge neste Dia Internacional da Mulher
“Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane.
O futebol feminino depende de vocês para sobreviver.”
As palavras marcaram o discurso de Marta,
após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo de 2019,
e também são determinantes para demonstrar a importância de registrar a história.
A atacante faz parte de uma caminhada de conquistas no país e
lembramos oito delas neste Dia Internacional da Mulher.
1983: Regulamentação do futebol feminino
Pode-se dizer que a regulamentação do futebol feminino sacramentou as
primeiras décadas de conquistas das mulheres no esporte brasileiro.
Foi ali, em 1983, que permitiu-se competições, criação de calendário,
Há de se observar que o momento marcava seis décadas de luta dessas mulheres, porque as primeiras aparições do futebol feminino ocorreram nos anos 20 e 30.
Na década de 1940, houve partidas entre mulheres no Pacaembu,
por exemplo. Mas também foi naquela época que o decreto-lei (3199, Art 54)
proibiu a prática de esportes para mulheres no Brasil.
O fato tem sido noticiado por décadas desde então,
mas tem peso pelo impacto histórico negativo no desenvolvimento de modalidades como o futebol feminino.
A lei só foi revogada em 1979.
1967: A primeira árbitra
O futebol feminino ainda era proibido no Brasil quando Léa Campos se tornou a primeira mulher a terminar um curso de arbitragem no país.
Anotem este nome: Asaléa de Campos Micheli.
Em 1967, ela conseguiu uma brecha porque o Decreto-Lei 3199 proibia as mulheres de jogarem,
mas não faziam menção sobre arbitragem.
Léa fez o curso de árbitros em Minas Gerais, no Departamento de Futebol Amador da Federação Estadual.
Só que não pôde participar da formatura do curso, por conta de represálias.
1991: Primeira Copa FIFA
Doze anos depois de derrubar a proibição, as mulheres disputaram a primeira Copa Fifa – em 1991.
Aconteceu pouco depois de um torneio experimental da entidade (de 1988),
quando as jogadoras viajaram com as sobras das roupas dos homens, inclusive.
Dessa vez, a diferença foi que a CBF assumiu o time de forma oficial.
Ainda que de forma amadora.
Pretinha – agora no Vasco – estava naquele grupo, comandado pelo técnico pernambucano Fernando Pires,
e a zagueira Elane marcou o primeiro gol do país – na vitória sobre o Japão.
Essas mulheres, inclusive, foram homenageadas pela CBF em dezembro do ano passado.
2009: A primeira Libertadores
Os clubes também ganharam espaço.
Quase duas décadas depois da estreia na Copa, chegou a primeira edição da Libertadores Feminina.
E o título ficou no Brasil.
O Santos contava com Marta e Cristiane – que voavam na seleção naquele período – e conquistou o troféu.
Cristiane, inclusive, foi artilheira da competição, com 15 gols.
Detalhe: a Copa do Brasil era o campeonato nacional do país naquela época.
O Brasileiro só começou a ser disputado em 2013.
Para se ter ideia, foi o ano em que lançou-se o PlayStation 4 e que o Atlético-MG venceu a Libertadores (no masculino) pela primeira vez.
fonte : ge
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