A Seleção Brasileira vive um momento conturbado, não apenas em termos de desempenho dentro de campo, mas também na postura fora dele. A última polêmica envolve o atacante Raphinha, que mostrou irritação e falta de educação ao responder às críticas após o empate da equipe contra o Uruguai, na última terça-feira (19), em Salvador.
“Vai ser difícil ganhar da gente”, diz Raphinha
Visivelmente contrariado com as vaias da torcida e questionamentos da imprensa, Raphinha respondeu de forma agressiva:
“C…! Jogamos muito, estou orgulhoso. Vai ser difícil ganhar da gente.”
A declaração, além de grosseira, parece desconectada da realidade do time, que tem colecionado resultados e atuações aquém das expectativas. O empate com o Uruguai, em casa, evidenciou mais uma vez a falta de entrosamento e de criatividade na equipe comandada por Fernando Diniz.
Falta de espontaneidade e de noção
É compreensível que, no calor do momento, jogadores se expressem de forma mais espontânea, especialmente após partidas tensas. Episódios como o de Marinho, quando surpreendido ao descobrir que estava suspenso, são lembrados mais pelo tom cômico do que pela grosseria.
No caso de Raphinha, porém, a agressividade soa como uma tentativa forçada de mascarar o evidente: a Seleção Brasileira está longe de convencer.
Crise dentro e fora de campo
O problema vai além das declarações. A Seleção, que já foi sinônimo de talento e espetáculo, agora enfrenta uma crise de identidade. O desempenho irregular nas Eliminatórias e a falta de conexão com a torcida refletem uma equipe que parece perdida tanto taticamente quanto emocionalmente.
Raphinha, ao invés de acalmar os ânimos ou reconhecer a frustração do torcedor, optou por uma postura defensiva e grosseira. Isso não apenas afasta os fãs, mas também prejudica ainda mais a imagem de um time que luta para recuperar sua credibilidade.
O que esperar da Seleção?
A Seleção Brasileira tem pela frente o desafio de reconstruir não apenas o time, mas também a relação com a torcida. Isso passa por mais bola no pé, mais respeito na fala e menos declarações infelizes como a de Raphinha. Afinal, o futebol brasileiro merece mais do que desculpas mal-educadas para justificar o que, claramente, precisa de muito trabalho para melhorar.