“Suporta”: Bruno Henrique vence nova desconfiança e reina em noite do gol 81 pelo Flamengo
No primeiro jogo após maior lesão da carreira, atacante é destaque absoluto do Rubro-Negro,
maior finalizador e jogador mais exaltado pela torcida; tatuagem o define
Com três minutos de jogo, letra de Arrascaeta e passe esticado de Victor Hugo anunciavam que a noite não seria comum.
Apontavam jornada de outro patamar.
Mas até mesmo quem já está em prateleira que poucos “alcançaram/alcançam” precisava se provar.
Bruno Henrique já era grande no Brasil quando sofreu cinco lesões no olho direito, à época no Santos.
Ouviu de leigos que ficaria cego. “Suporta, BH”.
Enxergou no Flamengo horizonte para se tornar maior. E conseguiu.
Em 12 meses, transformou-se um dos principais nomes do clube.
Marcado na história rubro-negra, marcou palavra na pele que o define.
Ele “suporta”, aguenta e sustenta a desconfiança.
Consolidado e multicampeão de vermelho e preto, teve de conviver em 2022 com o sufixo “multi” em outra perspectiva.
Novamente na pior das possíveis.
Lesão multiligamentar. “Suporta, BH”. Houve quem falasse:
“Bruno é jogador de velocidade, jamais vai voltar a ser o mesmo”.
Vai dizer que você nunca disse isso?
Suportou, foi feliz e reinou no dia de seu gol de número 81,
o terceiro da goleada por 4 a 0 sobre o Aucas, que classificou o Flamengo às oitavas de final da Libertadores, quarta-feira, no Maracanã.
O 81, você sabe, no vocabulário em vermelho e preto, é obrigatório.
Ou seja, BH está bem na fita de novo.
Esperou 10 meses completos para voltar a atuar entre a lesão multiligamentar no joelho direito, sofrida na vitória por 2 a 0 sobre o Cuiabá,
em 15 de junho do ano passado, até 16 de abril de 2023, quando discretamente entrou no segundo tempo da vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba – apesar da ovação.
Aguardou um ano, dois meses e dois dias para voltar a saborear o gosto do gol.
No último dia 11, fechou o placar dos 3 a 0 sobre o Grêmio com uma cabeçada que lembrou seus melhores momentos.
A volta apoteótica veio contra o Aucas. Não em outro patamar, mas naquele patamar que a torcida tanto sentia falta.
Um show na goleada por 4 a 0. Diagonais, dribles e a insistente busca pelo fundo.
O tempo todo (desculpe pela redundância).
Fonte : ge