Tragédia em Petrópolis deixa duras recordações para ex-atletas que vivem na cidade
Inundação nas instalações do Serrano, perrengues para chegar em casa…
LANCE! traz relatos de quem viu tempestade
devastar cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro
O temporal que deixou Petrópolis em estado de
calamidade também abalou pessoas ligadas ao futebol
que conviviam com a rotina local.
Não faltam lembranças da destruição causada pelas inundações,
enxurradas e pelos deslizamentos em diversos pontos na cidade
localizada na Serra do Rio de Janeiro.
Clube tradicional da cidade,
o Serrano também sentiu as consequências da tempestade da última terça-feira (15).
Porém, o dirigente Alexandre Beck apontou que não foi grave diante do cenário estarrecedor de Petrópolis.
– As instalações foram inundadas por água e lama, só que,
felizmente, não houve nada grave.
Hoje (quarta-feira) foi só esperar e, amanhã (quinta-feira),
vou avaliar e começar a limpeza .
O Leão informou nas redes sociais que, em respeito às vítimas da chuva,
foram adiados dois eventos previstos para acontecerem nos próximos dias no Estádio Atílio Marotti.
As seletivas, inicialmente marcadas para a sexta-feira (18), foram adiadas.
O clássico entre Botafogo e Vasco, pela Copa do Brasil Legends,
previsto para ocorrer no sábado (19), também terá nova data.
O clube também disponibilizou seu CT,
a Arena Interfut, na Barra da Tijuca
(bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro) para doações.
Além disto, divulgou outros endereços de pontos de doações
para as famílias que passam por dificuldades devido ao temporal
A solidariedade também entrou em campo neste momento turbulento.
Jogador com passagem marcante pelo Serrano,
Marcelo Macedo saiu de caso para ajudar seus vizinhos.
– Moro na Vila São Francisco. Daqui para lá, tivemos uma série de barreiras,
vimos pessoas com alguns danos e cenas de terror.
Desde ontem (terça-feira) estamos mobilizando o pessoal para dar um suporte,
pois as horas de chuva deixaram um estrago grande – declarou.
Macedo contou desafios até para reencontrar sua esposa neste período.
– Eram umas 15h e, de repente, o tempo fechou,
mas notamos que foi só aqui em Petrópolis.
Foi uma chuva forte e, quando percebemos, tomou a proporção que tomou.
Minha esposa estava no Centro e ela viu toda situação terrível de lá, com enxurrada,
pessoas mortas… Só conseguimos nos falar mesmo às 23h.
Passei pelas barreiras, fui ao encontro dela, enfrentando lama e tudo.
Voltamos para casa de madrugada – disse.
O ex-jogador ainda falou sobre outros momentos difíceis pelos quais passou em Petrópolis.
– Sou nascido e criado aqui.
Já tivemos experiências de fortes chuvas em 1988 (quando 134 pessoas morreram e hotéis e casas de luxo da região foram soterrados).
Perdemos nossa própria casa… Então a gente fica com essas questões na cabeça, de ajudar o outro.
Nessa (tempestade) de agora, felizmente,
não perdemos nenhum ente querido nem nenhum material.
Só que o estrago foi muito grande aqui na cidade,
a dimensão foi muito maior do que o noticiado – constatou.
fonte : L!
veja também : Com gols de Roberto Firmino e Salah, Liverpool vence a Inter de Milão e larga em vantagem na Champions