Em resposta à crise climática no RS, a base aérea de Canoas servirá como alternativa ao Aeroporto Salgado Filho, planejando 35 voos semanais.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu permissão para que a base aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, opere voos comerciais. Esta medida emergencial visa compensar a interrupção das atividades no Aeroporto Internacional Salgado Filho, afetado por uma severa tragédia climática.
A decisão da Anac foi tomada em uma reunião extraordinária realizada na sexta-feira (17), permitindo que a base aérea de Canoas comece imediatamente a facilitar voos comerciais de passageiros e cargas enquanto perdura o estado de calamidade pública no estado.
De acordo com o ministro Silvio Costa Filho, responsável pela pasta de Portos e Aeroportos, a base aérea tem capacidade para cinco voos diários, totalizando 35 voos por semana. A gestão dessas operações será realizada pela Fraport, a mesma concessionária que administra o Aeroporto Salgado Filho.
Esta iniciativa faz parte de um plano mais amplo para adaptar a infraestrutura aeroportuária do estado diante da atual crise. “O governo trabalha para garantir que não haja um colapso nos transportes em uma das regiões mais afetadas pelo desastre climático”, explicou Costa Filho.
Expansão de Capacidade em Outros Aeroportos: Além de Canoas, o plano inclui o aumento de capacidade em seis outros aeroportos regionais do Rio Grande do Sul — Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana — e dois em Santa Catarina — Florianópolis e Jaguaruna. Estas medidas devem adicionar cerca de 13 mil novos assentos e permitir o transporte de até 20 mil passageiros semanais.
As autoridades estão agindo rapidamente para mitigar os impactos da tragédia climática sobre a mobilidade e logística no Sul do Brasil. A conversão da base aérea de Canoas em um terminal para voos comerciais é um passo crucial para manter a conectividade regional e nacional, sustentando a economia e as necessidades da população durante este período desafiador.