Trégua visa amenizar guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo, China e EUA.
A China confirmou, nesta quinta-feira (12), a existência de um acordo comercial com os Estados Unidos, anunciado recentemente pelo ex-presidente Donald Trump. O acerto representa uma trégua delicada na prolongada guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
Segundo Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, ambos os lados chegaram a um consenso e devem respeitá-lo:
“A China sempre manteve sua palavra e apresentou resultados. Agora que se chegou a um consenso, os dois lados devem cumpri-lo”, afirmou em coletiva à imprensa.
Acordo retoma diálogo após impasse em Genebra
O entendimento teria sido alcançado após uma conversa telefônica entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, na semana passada. A ligação rompeu um impasse iniciado pouco depois de um acordo preliminar ser firmado em Genebra, mas que fracassou devido às restrições chinesas sobre exportações de minerais estratégicos.
Posteriormente, os EUA reagiram com restrições à exportação de tecnologia avançada para a China, incluindo softwares de design de semicondutores e motores a jato.
Trump celebra e cita “vantagens tarifárias”
Trump usou sua rede social, o Truth Social, para comentar o avanço das negociações:
“Nosso acordo com a China está concluído, sujeito à aprovação final do presidente Xi e minha”, escreveu.
Entre os pontos destacados por Trump:
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A China fornecerá ímas completos e terras raras antecipadamente;
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Os EUA manterão o acesso de estudantes chineses às universidades americanas;
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Tarifas recíprocas foram ajustadas: 55% no total para os EUA contra 10% da China.
Segundo a Casa Branca, essa porcentagem considera tarifas antigas e novas:
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25% sobre importações chinesas (da era Trump);
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10% “recíprocos” sobre diversos parceiros comerciais;
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20% adicionais relacionados ao combate ao fentanil, com acusações de omissão da China.
China evita detalhar licenças para exportação de minerais
Questionado sobre a restrição de exportação de terras raras, o Ministério do Comércio da China afirmou que continuará avaliando caso a caso e reforçará o processo de aprovação e controle de exportações.
“A China está disposta a melhorar a comunicação com países relevantes e promover a facilitação do comércio dentro dos padrões compatíveis”, declarou o porta-voz He Yadong.
Apesar do tom conciliador, os detalhes do acordo e sua implementação prática seguem indefinidos.
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