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COLUNA: América debilitada

 

Enquanto escrevo este artigo, o caos reina nos Estados Unidos. Saques, violência desenfreada e ataques a pessoas que nada tem a ver com a morte de George Floyd estão a dominar o país outrora visto como a encarnação da lei e da ordem.

Grupelhos que nada mais são do que extensões do Partido Democrata estão nas ruas para meter medo na população americana com a desculpa esfarrapada da luta contra o racismo. A anarquia e a irresponsabilidade são indissociáveis e estão sendo estimuladas de forma clara e cristalina por um dos grandes partidos.

A situação vai muito além do simples quebra-quebra generalizado. O ódio e a virulência da turma do Black Lives Matters e demais organizações de extrema esquerda não surgiram com a morte de George Floyd, provocada por um policial estúpido em um lugar qualquer dos EUA. Esse ressentimento foi plantado em muitos corações que cresceram vendo políticos e gente do beautiful people reverberando mentiras contra a nação americana, seu povo e sua trajetória. Ouviram por anos que os malditos brancos imperialistas saquearam seus antepassados e criaram um inferno capitalista explorador das minorias. Ouviram também que a maldita religião cristã é um instrumento de controle social para reprimir todo e qualquer desejo legítimo, e que ela só castiga – oh, droga! – as minorias oprimidas.

De convenções do Partido Democrata a filmes de Hollywood, essa narrativa macabra penetrou na mente dos millennials e demais imbecis de forma tão profunda que a realidade se tornou impotente para desfazê-la. Mas como disse, ela não surgiu recentemente. Desde os anos 1960 o antiamericanismo é utilizado internamente com fins políticos.

Tudo começou com os almofadinhas da Escola de Frankfurt. Eles notaram a experiência revolucionária na União Soviética e perceberam que a classe trabalhadora não foi a força motriz dos acontecimentos que levaram os bolcheviques ao poder. Arraigada de valores conservadores advindos do catolicismo ortodoxo, a massa soviética permaneceu atônita frente a tudo, para não dizer recalcitrante com a promessa comunista de varrer o Cristianismo da face da Terra.

Se o fator econômico não era mais a cenoura de burro da revolução, então alguma outra coisa deveria estar em seu lugar. Notaram então que o capitalismo per si não teria força alguma, e que algo existiria para dar-lhe sustentação. Esse algo era a cultura, mais precisamente as tradições ocidentais advindas do Cristianismo. Caso os revolucionários quisessem dar um golpe mortal no capitalismo, deveriam começar pela base, ou seja, incentivar tudo aquilo que é contrário à cultura ocidental cristã. Isso acarretou no descarte da classe trabalhadora como a protagonista da revolução – pois ela era muito conservadora para destruir o sistema – e na adoção do lumpemproletariado – coletivo de bandidos, intelectuais orgânicos e descontentes em geral com suas respectivas situações financeiras e particulares – como a nova classe revolucionária.

A época era a da Guerra Fria, na qual os EUA representavam o capitalismo, a democracia liberal e o ocidente cristão – todos esses valores são perceptíveis na Constituição americana. Então o antiamericanismo foi um prato cheio para comunistas ortodoxos e os progressistas que surgiram na onda da contracultura. Ion Mihai Pacepa, o mais alto desertor do bloco soviético, contou no seu livro ‘’Desinformação’’ que a histeria antiamericana da Guerra do Vietnã foi artificialmente criada pelos comunistas e alimentada por John Kerry, o então soldado que denunciou crimes de guerra cometidos por americanos – alegações essas nunca provadas. Kerry entrou na política e foi o candidato democrata na eleição presidencial de 2004 vencida por George W. Bush.

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Todas as administrações democratas após a de Lyndon Jhonson empenharam-se com afinco na propagação do antiamericanismo dentro do próprio país. Os democratas gostam de autodenominarem-se reformadores sociais, pois, segundo eles, a sociedade americana é recheada de injustiças reverberadas por um capitalismo explorador e uma cultura excludente, sendo necessária a ação do Estado para mudar esse quadro. Manter a narrativa viva é condição sine qua non para a conquista do poder pelos democratas, já que sendo outra a situação – e se o povo americano descobrisse que as bravatas antiamericanas são falsas –, eles jamais lograriam êxito em seus objetivos. A perenidade das divisões com base no ódio antiamericano é o sonho dourado da esquerda americana.

A morte de George Floyd explicitou ainda mais a situação. O Partido Republicano apresentou na Câmara dos Representantes uma resolução que condena veementemente a violência policial e pede justiça por Floyd. Os democratas votaram em peso contra a resolução. Motivo? Ela condenava também os saques e a violência dos antifas, assim como os projetos estaduais de dissolução da polícia americana.

Ao contrário do que dizem os iluminados da grande mídia, o povo americano comprou o discurso de lei e ordem do presidente Donald Trump. Uma pesquisa mostrou que 57% dos americanos concordam com o uso das forças policiais na defesa da ordem. Além disso, Trump assinou uma ordem executiva – equivalente à nossa medida provisória – para proteger monumentos e estátuas, que são alvos preferenciais dos extremistas de esquerda. Aliás, essa iniciativa de atentar contra a história dos EUA é mais uma amostra do antiamericanismo esquerdista.

A América não chegou a esse ponto do nada. Décadas de marxismo cultural e verborragia odienta aos EUA produziram o estado de coisas que estamos vendo. Se nada for feito para interromper o caos e Joe Biden vencer a eleição presidencial em novembro, a democracia americana corre um sério risco de virar uma República das bananas. A invasão vertical dos bárbaros está a todo vapor.

 

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