: Com abstenção dos Estados Unidos, resolução que exige trégua e libertação de reféns recebe amplo apoio internacional.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução histórica nesta segunda-feira (25), demandando um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o Hamas, bem como a libertação incondicional de todos os reféns. A resolução, que recebeu o apoio maciço dos membros do conselho, marca um momento crucial nos esforços internacionais para mitigar a violência na região de Gaza, que se intensificou dramaticamente nos últimos seis meses.
Os Estados Unidos, tradicionalmente relutantes em apoiar termos como “cessar-fogo” que pudessem parecer limitar ações de Israel, optaram por se abster na votação, permitindo assim que a resolução fosse aprovada. Esta abstenção reflete uma mudança significativa na postura dos EUA, motivada pela pressão global crescente por uma solução pacífica para o conflito, que já resultou em mais de 32 mil mortes palestinas.
Proposta pelos 10 membros eleitos do Conselho de Segurança – Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça – a resolução apela não só para um cessar-fogo imediato, mas também enfatiza a necessidade de assistência humanitária e proteção aos civis na Faixa de Gaza. Adicionalmente, exige a libertação de 253 reféns detidos pelo Hamas desde o ataque de 7 de outubro.
Este gesto do Conselho de Segurança, esperado para coincidir com o final do mês de jejum muçulmano do Ramadã, simboliza uma convocação unânime pela paz e pelo alívio do sofrimento humano na região. A decisão do conselho também reforça o apelo por um levantamento das barreiras que têm impedido a entrega eficaz de ajuda humanitária em grande escala a Gaza.
A medida segue uma série de vetos e abstenções por parte dos Estados Unidos em relação a resoluções anteriores sobre o conflito, indicando a complexidade das dinâmicas políticas internacionais envolvendo a guerra em Gaza. A Rússia e a China também exerceram vetos a projetos de resolução apresentados pelos EUA, destacando as divisões no Conselho de Segurança quanto à melhor forma de abordar a crise.
A aprovação desta resolução pelo Conselho de Segurança da ONU é um passo significativo em direção à busca de uma solução pacífica para o conflito em Gaza, refletindo um consenso internacional sobre a urgência de cessar as hostilidades e de atender às necessidades humanitárias críticas da população afetada.