A agência da ONU, UNRWA, relata um êxodo massivo enquanto confrontos intensificam na região.
A situação em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, atingiu um ponto crítico desde o início da invasão israelense no dia 6 de maio, com mais de 800 mil palestinos deslocados, conforme relatos da UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos.
Segundo a UNRWA, a população de Rafah, que era de cerca de 1,5 milhão de pessoas no início do mês, agora vê quase metade de seus habitantes buscando refúgio, principalmente na cidade próxima de Khan Younis. Muitos dos deslocados encontram abrigo em prédios danificados, numa tentativa desesperada de escapar dos combates.
Os confrontos entre as Forças Armadas de Israel e militantes do Hamas têm se intensificado, especialmente após a entrada de tanques israelenses na região entre os dias 6 e 7 de maio. A situação humanitária de Rafah é descrita como crítica, com a UNRWA destacando que a insegurança alimentar afeta a grande maioria dos habitantes de Gaza.
Impacto Internacional e Respostas Políticas: A tensão entre Israel e seus aliados ocidentais, particularmente os Estados Unidos, também escalou. O presidente Joe Biden suspendeu o envio de 3.500 bombas para Israel, citando preocupações sobre seu uso potencial contra civis em Gaza. Essa medida reflete uma deterioração nas relações entre os EUA e o governo do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, que reafirmou a determinação de Israel em continuar suas operações militares conforme necessário.
Apelos por Cessar-Fogo e Desafios Humanitários: Phillippe Lazzarini, chefe da UNRWA, fez um apelo urgente por um cessar-fogo, destacando a dificuldade de distribuir ajuda humanitária devido aos combates contínuos e à escassez de combustível. Lazzarini enfatizou que não existem “zonas seguras” em Gaza, contradizendo qualquer noção de refúgio seguro dentro do território.
O aumento dos deslocamentos internos em Gaza e as tensões geopolíticas destacam a necessidade crítica de soluções diplomáticas urgentes para evitar mais perdas de vidas e agravamento da crise humanitária. A comunidade internacional continua a observar de perto, esperando que esforços renovados possam levar a um cessar-fogo duradouro.