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Israel ordena retomada de negociações de cessar-fogo em Gaza

Não houve progresso em direção a um cessar-fogo desde o anúncio de Biden, há cinco semanas.(Reuters)
 

Início das Negociações

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu enviar uma equipe de negociadores para discutir um acordo de libertação de reféns com o Hamas. O presidente dos EUA, Joe Biden, acolheu bem essa decisão, que ocorreu um dia após o Hamas responder ao plano de cessar-fogo em Gaza apresentado por Biden no final de maio. As últimas negociações indiretas aconteceram no Cairo no início do mês.

Respostas e Ajustes

Os detalhes da resposta mais recente do Hamas ainda não foram divulgados. Contudo, um oficial palestino informou à BBC que o grupo não está mais exigindo um cessar-fogo total no início do plano apresentado por Biden. Um alto funcionário da administração dos EUA afirmou que o Hamas concordou com ajustes significativos em sua posição.

“Tivemos um avanço em um impasse crítico”, disse o funcionário dos EUA, acrescentando que isso não significa que o acordo será fechado em questão de dias. Biden e Netanyahu discutiram os reféns e as negociações de cessar-fogo durante uma ligação telefônica na quinta-feira.

Posições do Hamas

Na quarta-feira, a liderança política do Hamas contatou mediadores do Egito e do Catar para discutir ideias sobre um possível acordo. Até agora, o Hamas exigia o fim da guerra e a retirada total das tropas israelenses de Gaza. Israel aceita apenas pausas temporárias nos combates até eliminar o Hamas.

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Plano de Cessar-Fogo de Biden

Quando anunciou o plano em 31 de maio, Biden explicou que ele se baseava em uma proposta detalhada de Israel, envolvendo três fases:

  1. Cessar-fogo total de seis semanas, retirada das forças israelenses das áreas povoadas de Gaza e troca de alguns reféns.
  2. Libertação de todos os outros reféns vivos e fim permanente das hostilidades.
  3. Início de um plano de reconstrução para Gaza e retorno dos corpos dos reféns mortos.

Declarações de Netanyahu e Biden

Após a ligação telefônica, o governo israelense afirmou que Netanyahu atualizou Biden sobre sua decisão de enviar uma delegação para continuar as negociações de reféns. Netanyahu reiterou que Israel encerrará a guerra apenas após alcançar todos os seus objetivos. Esses objetivos incluem a devolução de todos os reféns, a destruição das capacidades militares do Hamas e a garantia de que Gaza não constituirá mais uma ameaça a Israel. A Casa Branca informou que Biden acolheu a decisão de Netanyahu de autorizar os negociadores a se envolverem com mediadores dos EUA, Catar e Egito.

Avanços Significativos

Uma fonte da equipe de negociação israelense disse à agência Reuters que a resposta do Hamas incluía um avanço significativo. Um alto funcionário palestino afirmou que o Hamas desistiu da exigência de um cessar-fogo completo. Suas novas condições estão relacionadas à retirada das forças israelenses de uma faixa de terra ao longo da fronteira sul de Gaza com o Egito e da passagem de Rafah entre Gaza e Egito.

Ambiente Positivo

O ambiente é positivo, segundo fontes informadas sobre a resposta do Hamas. Novas rodadas de negociações ocorrerão em breve. Os EUA acusaram o Hamas de bloquear o progresso em direção a um cessar-fogo. Na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o Hamas era a “única exceção” ao apoio internacional ao cessar-fogo.

Compromisso com a Proposta

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Netanyahu afirmou estar comprometido com a proposta israelense acolhida por Biden. A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro. Nesse ataque, homens armados do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e levaram outras 251 de volta a Gaza como reféns. Pelo menos 38.010 palestinos foram mortos em Gaza devido à ofensiva israelense, segundo o ministério da saúde administrado pelo Hamas.

Reféns e Vítimas

O Hamas e grupos armados aliados ainda mantêm 116 reféns capturados em 7 de outubro. Pelo menos 42 são presumidos mortos pelas autoridades israelenses. Outros foram libertados, resgatados ou seus corpos recuperados. Outros quatro israelenses são mantidos reféns desde 2014 e 2015, dois dos quais são presumidos mortos.

Fonte: BBC News

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