Recuperação de Kamala Harris na reta final gera otimismo cauteloso para os democratas e alerta entre republicanos.
Com a eleição americana se aproximando nesta terça-feira, 5, a candidata democrata Kamala Harris apresentou sinais de recuperação nas pesquisas, trazendo um leve otimismo para sua campanha. Embora as variações permaneçam dentro da margem de erro, o crescimento de Harris em estados decisivos semeou preocupações entre os aliados de seu concorrente, o ex-presidente Donald Trump.
Uma pesquisa realizada pelo New York Times e pelo Siena College, conhecida por sua precisão, mostrou Harris com uma liderança numérica dentro da margem de erro em estados como Geórgia, Carolina do Norte, Nevada e Wisconsin. Enquanto isso, Trump ainda lidera no Arizona, e ambos os candidatos estão empatados em Michigan e Pensilvânia, estados cruciais para a decisão final.
Cenários Possíveis para Kamala Harris Chegar aos 270 Votos
Para vencer no colégio eleitoral, a candidata democrata precisa de 270 votos, e a recuperação nos estados do chamado Cinturão do Sol — Geórgia, Carolina do Norte e Nevada — trouxe novas possibilidades para ela. Contando com os 43 estados em que um favorito já é claro, o placar é de 226 a 219 a favor de Harris.
A principal estratégia de Kamala é garantir vitórias nos três estados industriais da região dos Grandes Lagos: Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, o que a colocaria com 270 votos contra 268 de Trump. No entanto, se a pesquisa do NYT estiver correta e ela vencer em estados onde lidera, como Geórgia, Carolina do Norte, Nevada e Wisconsin, Kamala Harris poderia vencer por uma margem de 274 a 264, sem precisar da Pensilvânia.
Reações das Campanhas
Os assessores de Kamala adotaram um tom mais otimista, sinalizando que a trajetória está a seu favor. “Se você analisar os dados completos, a conclusão é clara: ela está à frente nos estados que precisa vencer para chegar a 270”, afirmou Chauncey McLean, presidente de um dos grupos de apoio a Kamala, em comunicado.
Apesar da recuperação tímida, a corrida ainda permanece acirrada, e qualquer oscilação nos últimos dias poderá definir o próximo presidente dos EUA. Com as variações em estados-chave, o colégio eleitoral segue incerto, trazendo um clima de expectativa tanto para os democratas quanto para os republicanos.