Presidente da Câmara da capital, Vitali Klitschko, determinou que medida se estenda na capital da Ucrânia entre 22h e 7h, no horário local
A cidade de Kiev, capital da Ucrânia, ficou escura e muito quieta nesta quinta-feira à noite. O descanso da noite contrasta fortemente com um dia marcado por explosões esporádicas e sirenes de ataque aéreo.
O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou um toque de recolher entre 22h e 7h, no horário local, deixando as ruas desertas e muitos edifícios completamente escuros.
Pessoas ao redor de toda a cidade apagaram suas luzes ou fecharam suas cortinas.
O sistema de transportes público da cidade também foi interrompido durante a noite, enquanto todas as estações de metrô permanecem abertas e podem ser usadas como abrigo de emergência.
Um grupo de jogadores brasileiros de futebol e suas famílias que estão na Ucrânia pediu ajuda pelas redes sociais para conseguir sair do país.
Em um vídeo, o grupo de cerca de 20 pessoas, entre jogadores, suas esposas e filhos, pede ajuda para ter informações e conseguir deixar a Ucrânia.
ENTENDA O ATAQUE
Após semanas de tensão, a Rússia atacou a Ucrânia nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (24). Uma operação militar nas regiões separatistas do leste ucraniano, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país.
Autoridades da Ucrânia informaram que dezenas de pessoas morreram e seis aviões russos teriam sido destruídos. Na manhã desta quinta, longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev com moradores tentando deixar a região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.