Ataque ao Hospital Infantil Ohmatdyt
O hospital infantil Ohmatdyt, localizado em Kiev, Ucrânia, foi alvo de um ataque massivo de mísseis russos na manhã desta segunda-feira (8/7). Autoridades locais informaram que a ofensiva abrangeu grande parte do território ucraniano. No total, 23 pessoas perderam a vida e 67 ficaram feridas em todo o país. Em Kiev, nove pessoas morreram e 20 ficaram feridas.
No momento do ataque, crianças realizavam procedimentos de diálise. Os departamentos de terapia intensiva, cirurgia e oncologia sofreram danos graves. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou o ataque russo e afirmou que todos estão ajudando a limpar os escombros – médicos e pessoas comuns.
Ofensiva Russa
O hospital foi atingido após as tropas de Vladimir Putin lançarem mais de 100 bombas em território ucraniano. Em meio a intensos combates no leste do país, o exército de Kiev relatou que o exército russo utilizou 111 bombas KAB da era soviética, equipadas com sistemas de orientação de precisão, para atacar posições e assentamentos ucranianos nas últimas 24 horas. Essas munições, que podem pesar mais de uma tonelada, são frequentemente lançadas de aeronaves e têm a capacidade de reduzir prédios inteiros de vários andares a escombros, afirmam especialistas.
Reação Internacional
Daria Herasymchuk, conselheira do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para direitos das crianças, declarou ao The Independent que é particularmente cínico que os russos estivessem comemorando o Dia da Família, Amor e Lealdade no mesmo dia em que mataram pelo menos 20 pessoas. Ela condenou o ataque russo ao hospital infantil em Kiev como “cínico”.
Herasymchuk criticou os valores familiares da Rússia e destacou que muitas famílias foram destruídas no ataque. Ela mencionou que mães e pais não voltarão para casa para seus filhos esta noite, e as crianças não completarão suas histórias de vida. “Você já ouviu uma criança gritando sob os escombros? Nunca ouvi algo mais terrível! Até quando o mundo continuará apenas falando? Cada país precisa agir agora.”
Fonte: BBC News
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