Mensagem falsa diz que pessoas com o vírus da AIDS passariam nas casas de moradores, disfarçados de enfermeiros, para contaminar a população
É essencial esclarecer que essa mensagem alarmante sobre pessoas vestidas de branco transmitindo HIV ao medir a glicose nas casas é completamente falsa e infundada. Trata-se de um boato que circula em grupos de WhatsApp, mas foi verificado como tal por órgãos oficiais de governo, como a Vigilância Sanitária e a Polícia Militar.
A disseminação de informações falsas desse tipo é prejudicial e pode gerar pânico e estigmatização desnecessária. É importante confiar em fontes confiáveis e oficiais para obter informações sobre saúde e prevenção.
O HIV não pode ser transmitido através de medições de glicose ou por abordagens feitas por profissionais de saúde. O vírus HIV é transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. Não há motivo para associar profissionais de saúde a uma transmissão maliciosa desse vírus.
Diante de mensagens alarmantes e não confirmadas, recomenda-se sempre verificar a veracidade das informações com fontes confiáveis, como autoridades de saúde e órgãos governamentais. Combater a desinformação é crucial para promover uma compreensão precisa dos riscos à saúde e evitar o medo infundado.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal desmentiu o boato. “Esse cartaz não é informação oficial da Vigilância Sanitária do DF. Não recebemos denúncia relacionada ao assunto”, divulgou a pasta. O órgão ainda alertou a população sobre o compartilhamento de fake news. “Antes de disseminar uma notícia, é necessário checar as informações com fontes oficiais”, afirmou, em nota.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também negou a emissão da mensagem e ressaltou o perigo desse tipo de informação. “O importante é as pessoas não se submeterem a qualquer exame nas ruas ou a domicílio e procurarem os órgãos responsáveis pessoalmente para esclarecer o fato”, informou.
A mensagem falsa chegou até as redes sociais de moradores do residencial Portal da Liberdade, de Águas Claras. Leandro Ferreira, síndico do condomínio, explicou que o panfleto não foi distribuído no edifício. “Um vizinho postou essa imagem no grupo de WhatsApp, mas ninguém comentou a respeito”, contou. Para ele, esse tipo de fake news pode gerar um desespero desnecessário. “Pode causar algum pânico.”
Outra moradora de Águas Claras disse ter visto a mensagem na internet há alguns meses. “Eu ouvi falar que isso foi compartilhado em outros estados, inclusive. Essas fake news são uma coisa sem controle. A gente tem que filtrar ao máximo”, afirmou a mulher, que é dona de um salão de beleza na região, mas preferiu não se identificar.
Uma das clientes do salão ressaltou que, mesmo com a consciência de que a mensagem seja falsa, sente medo. “Eu fico apreensiva. Você nunca sabe o que é verdade ou não.”