A Bahia contabilizou nos últimos quatro dias 431 mortes provocadas pela Covid-19
Apesar de terem ocorridos em diversas datas, nunca se viu um número tão grande
estampado nos boletins diários emitidos pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
O acúmulo de óbitos divulgados entre quinta-feira (26) e domingo (28) é ainda mais assustador se compararmos com o início da pandemia no estado
Para se chegar ao número de 400 mortes – alcançado em 23 de maio de 2020 – foram necessários 77 dias desde a notificação do primeiro caso da doença no território baiano
que ocorreu no dia 6 de março.
Na última quinta (26), a Bahia registrou 100 óbitos por Covid-19
maior quantidade desde quando a doença chegou à Bahia. O número superou o ocorrido em 24 de agosto de 2020, quando foram constatados 77 falecimentos
o que demonstrou o crescimento disparado dos casos graves e consequentemente a taxa de ocupação dos leitos de UTIs.
Não foi necessário um grande período de espaço para superar as 100 mortes
Um dia depois, na sexta (27), foram contabilizadas mais 137 mortes no estado
Já no sábado (27), foram incluídos os nomes de mais 104 pessoas na lista de mortos
No domingo (28), dia em que é comum se observar a diminuição no número, a Bahia teve uma pequena queda e registrou 90 mortes.
De acordo com a Sesab, o número total de óbitos na Bahia é de 11.819
o que representa uma letalidade de 1,73%. Dentre as mortes, 56,52% ocorreram no sexo masculino e 43,48% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,03% corresponderam a parda
seguidos por branca com 20,60%, preta com 14,72%, amarela com 0,55%
indígena com 0,14% e não há informação em 8,95% dos óbitos
O percentual de casos com comorbidade foi de 70,35%, com maior percentual de doenças
cardíacas e crônicas (74,24%).
As dez cidades que registraram até o momento o maior número de óbitos são:
Salvador (842), Feira de Santana (186), Vitória da Conquista (110)
Lauro de Freitas (68), Itabuna (67), Camaçari (66), Teixeira de Freitas (62)
Jequié (61), Alagoinhas (47) e Juazeiro (46).
Ainda segundo a secretaria, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois “há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19”
Outro motivo, conforme a pasta é o “aprofundamento das investigações
epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos
como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal
ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus”.
Fonte: Bnews
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