A capital paulista registrou 263 casos confirmados de mpox, conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde. O relatório mais recente, divulgado nesta quarta-feira (28/8), abrange informações até 22 de agosto.
Aumento de Casos na Capital
São Paulo confirmou 263 casos de mpox até 22 de agosto. Apenas na última semana, 22 novos casos foram identificados.
Até agora, nenhum óbito relacionado à mpox foi registrado em 2024. Desde janeiro, apenas dez pacientes com mpox precisaram de internação. A maioria, 135 casos, não exigiu hospitalização. Além disso, 118 casos seguem em investigação.
Declaração da OMS
Em 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A decisão reflete o aumento global de casos, especialmente na África Oriental e Central, e a maior letalidade da doença.
Vacinação e Ações do Governo
A Prefeitura de São Paulo aguarda o envio de novas doses da vacina MVA-BN Jynneos Mpox pelo Ministério da Saúde. O último lote, recebido em março de 2023, foi destinado a adultos imunossuprimidos vivendo com HIV.
No dia 15 de agosto, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que o ministério está negociando com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) a compra de 25 mil doses de vacinação emergencial. Atualmente, o Brasil possui 49 mil doses disponíveis.
Apesar disso, a ministra ressaltou que a vacinação contra mpox será utilizada de forma seletiva, priorizando grupos específicos, como pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais de laboratórios que lidam diretamente com o vírus.
Sobre a Mpox
A mpox é uma doença causada pelo vírus monkeypox. Os sintomas incluem cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo, e bolhas ou feridas na pele. A transmissão ocorre pelo contato direto com feridas, bolhas ou gotículas respiratórias de pessoas infectadas. O contágio também pode acontecer pelo uso compartilhado de objetos contaminados.
Em abril, uma nova variante do vírus mpox foi documentada no Congo, na África. Essa variante é mais infecciosa e potencialmente mais letal. Um estudo publicado recentemente indicou que 29% dos casos registrados ocorreram entre trabalhadores do sexo. Contudo, ainda não está confirmado se o vírus pode ser transmitido por vias sexuais.
Atualmente, não existe um tratamento específico para a infecção. O foco do atendimento médico é aliviar os sintomas e prevenir complicações. É crucial observar sinais de agravamento, como o aumento das bolhas e feridas ou problemas oculares, incluindo inchaço e conjuntivite.
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